Benfica: tantas reviravoltas quanto as da temporada passada
Di María festeja com Rafa o 2-1 na Reboleira (Foto: D. R.)

Benfica: tantas reviravoltas quanto as da temporada passada

NACIONAL30.01.202422:54

Amadora testemunhou primeiro jogo fora de casa em que as águias venceram depois de estar a perder; águia está mais permissiva esta época, mas com maior capacidade de reação

O Benfica já obteve tantas reviravoltas em pouco mais de meia época quanto as da temporada passada, uma das melhores da história recente do clube. 

O triunfo alcançado frente ao Estrela da Amadora, no Estádio José Gomes, na Reboleira, foi o quinto construído de trás para a frente, visto que foram os tricolores a marcar primeiro, obrigando os campeões nacionais a correr atrás do lucro (e não do prejuízo).

Foi a quinta vez que as águias venceram em 2023/2024 de depois de estarem a perder, num total de 11 partidas, o que equivale dizer que o Benfica venceu menos de metade dos encontros em que viu os adversários inaugurarem o marcador. 

Traduzido em números, a formação dirigida por Roger Schmidt conseguiu dar a volta em 45,5% dos jogos, contra os 34,4% da época passada. Ou seja, a capacidade de reagir à adversidade está mais apurada na presente temporada, talvez porque em termos absolutos as incidências têm aumentado — 34,4% contra apenas 23,6 por cento de partidas em que os encarnados se viram no desconforto do golo sofrido em primeira instância. 

Em conclusão, o Benfica desta época sofre mais e reage de forma proporcional, ajudando a alimentar a teoria do copo meio vazio e meio cheio: se por um lado está mais permissivo, por outro apresenta níveis de resistência superiores e aquilo que no futebolês se chama de alma — a apetência de nunca desistir e resolver jogos nos últimos minutos.

Tudo começou no dérbi

A primeira das cinco reviravoltas ocorreu na receção ao Sporting, na Luz, num jogo que ficará na história dos dérbis pelo final dramático (vitória por 2-1 com golos aos 90+4’ e 90+8’, depois de Gyokeres fazer o 1-0 aos 45’). Seguiu-se o triunfo, em casa, diante do Aves SAD (4-1), para a Taça da Liga, o 3-2 na Luz frente ao SC Braga para a Taça de Portugal, os 4-1 ante o Rio Ave, em casa, para a Liga, e agora nova vitória folgada depois do susto inicial, na Amadora — a primeira fora de casa, portanto, e após o jogo frente ao Estoril, na Final Four da Taça da Liga, um dos seis em que o adversário começou a vencer sem a resposta adequada dos encarnados.