ENTREVISTA A BOLA «Bala, concentra-te e marca com o pé direito», pensou Balakov em Setúbal

Golo fantástico em 1993, frente ao V. Setúbal

Krassimir Balakov, um dos melhores estrangeiros que passaram por Portugal, esteve em Portugal durante três dias a convite de A BOLA. Visitou as novas instalações do nosso jornal, passou pelo Jamor onde conquistou um troféu com o Sporting e, claro, esteve no José Alvalade, recebido por Frederico Varandas. Prometeu voltar para ver o Sporting campeão, mas, entretanto, deu uma longa entrevista, que agora pode ler em A BOLA.

- Na última época de Bobby Robson no Sporting, Sousa Cintra contratou Paulo Sousa e Pacheco ao Benfica, duas contratações muito mediáticas. Como é que vocês, jogadores, assistiram a isso? Ficaram empolgados?

- Claro, porque num Sporting-Benfica há sempre muito calor. São dérbis para jogar mesmo no limite e quando nós vimos que o Paulo Sousa e o Pacheco iam jogar para o Sporting, nem acreditávamos. Mas aconteceu. E ficámos ainda mais fortes. Que pena o que aconteceu há pouco com o Pacheco.

- Em agosto de 1993 o Sporting vai jogar a Setúbal e surge um golo fantástico.

- Sim, sim. Um golo daqueles não acontece todos os dias. Peguei na bola, passei vários jogadores e no final fintei o guarda-redes e marquei o golo. Acho que é o meu melhor golo.

- E de pé direito.

-Sim, mas não foi por acaso. Eu tenho um pé esquerdo fantástico, mas pensei que o direto também tinha direito a marcar golos. Quando passei o guarda-redes, pensei por instantes: Bala, concentra-te e marca com o direito. E consegui.

- Lembra-se de quantos adversários driblou?

- Não sei. Quatro?

-  Cinco.

-É pá, foram muitos... [risos]