Vitória de Guimarães António Miguel Cardoso «estupefacto» com o arquivamento do 'caso Al Musrati'
António Miguel Cardoso, presidente do Vitória de Guimarães, reagiu, esta quarta-feira, ao arquivamento do ‘caso Al Musrati’ por parte do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O líder máximo dos vimaranenses mostrou-se «indignado» e «estupefacto» com a decisão, acusando o médio do SC Braga, que passou pelo conjunto de Guimarães, de ter feito «gestos obscenos na direção dos adeptos».
«Infrações são infrações e o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol deve agir em conformidade sempre que há denúncias. Esse órgão federativo existe precisamente para conhecer e julgar protestos de acontecimentos ocorridos em jogos das ligas profissionais e não profissionais, sabendo-se que é composto exclusivamente por licenciados em direito», pode ler-se, em comunicado divulgado no site oficial dos conquistadores.
«São pessoas experientes e com formação académica adequada para sentenciar cada delito à luz do Regulamento Disciplinar da FPF e da LPFP e em função de provas (áudios, vídeos e fotografias) e de testemunhos credíveis disponíveis. Ora, o Vitória Sport Clube entende que esse procedimento não foi seguido em relação à denúncia de que o jogador Al Musrati fez gestos obscenos na direção dos adeptos situados na Bancada Poente do Estádio D. Afonso Henriques quando se dirigia para o túnel de acesso aos balneários no final do jogo com o Braga, disputado no dia 27 de fevereiro de 2023 e referente à 22.ª jornada», refere.
António Miguel Cardoso lembrou o castigo aplicado a Maga.
«A nossa indignação perante este bizarro arquivamento deve-se muito ao facto de o nosso jogador Maga ter sido punido com um jogo de suspensão e uma multa por ter tido um suposto comportamento semelhante ao de Al Musrati frente ao Braga, na época passada», apontou, prosseguindo:
«Foi com estupefação que tomei conhecimento do arquivamento do processo disciplinar do jogador Al Musrati… por falta de provas e ‘presunção de inocência’. A equidade é um dos princípios fundamentais da justiça e o Vitória SC observa, com preocupação, que o Conselho de Disciplina da FPF não está a segui-lo», atirou.