FC Porto-Arouca, 4-0 A expulsão, a personalidade da equipa e a fatura: tudo o que disse Gonzalo Garcia na sala de imprensa
Gonzalo García, treinador do Arouca, disse que o grande problema não foi apenas o Arouca jogar com menos um na 2.ª parte; o FC Porto marcou na primeira oportunidade que criou depois do intervalo
- No lançamento da partida disse que não seria bom para o Arouca a derrota do FC Porto na Liga Europa. Na prática, foi evidente essa vontade de ganhar do FC Porto, na sua opinião?
- Não, é verdade que disse isso, quando equipas grandes perdem jogam com mais energia, mas a sensação que fico é que apesar de toda essa energia, nós fizemos um bom jogo, estávamos bem no campo e as coisas estavam controladas no aspeto defensivo. Bem com a bola controlada, mostrámos personalidade. Mas com 10 é mais difícil. Na segunda parte pagámos a fatura, mas sinto que a primeira parte foi boa. Quem sabe o que podia acontecer com onze?
- Estava preparado para ver FC Porto jogar com dois avançados depois do intervalo?
- Jogar com dois ou com um não me preocupava. Queríamos iniciar a segunda parte com duas linhas de quatro jogadores. Podíamos ter defendido assim sem problemas. O certo é que a primeira bola que cai na área eles marcam e depois cometemos um erro na saída de bola. Foi um problema jogar com 10, claro, perdemos força, qualidade e uma referência na frente.
- A primeira parte do Arouca deixa-o tranquilo quanto à evolução da equipa? Foi das melhores desde que chegou ao comando?
- Tivemos boas partidas, contra Vitória e Moreirense, diante do Nacional também, o certo é que nunca repetimos um onze. Esta é a primeira vez. Não foi por vontade própria, porque houve jogadores que saíram, outros que se lesionaram, jogadores como Dante, Popovic e Ivo chegaram no final do mercado. É normal com tantas mudanças se exija tantas coisas aos meus jogadores.
- Na segunda parte colocou o Chico Lamba depois do 2-0. Com que intuito?
- Necessitávamos de pernas para correr por fora. Dante continuava a fazer isso, o Ivo estava cansado, queríamos gente por dentro para ter bola e ter Dante e outro avançado a dar profundidade porque não queríamos dar a partida por encerrada. Construímos de forma diferente, mas foi difícil tanto a atacar como a defender.