Idiossincrático

OPINIÃO11.03.202205:30

Iremos descobrir em breve se o processo crime contra DSO vai ser arquivado

Éo título mais fidedigno para Domingos Soares Oliveira por perfilar figura distintiva dos demais desde o momento em que irrompeu na Luz. Suspeita-se que por ordem emanada dos fantasmas do defunto BES e à exceção do futebol, Vieira entregou-lhe o poder sobre todas as áreas do grupo Benfica de tal forma que foi apresentado nestes precisos termos, há quase 20 anos, aos funcionários. Sempre na sombra, não se tardou a manifestar o seu primeiro ato autoritário junto de Vieira: o afastamento de José Veiga de diretor desportivo. Daí escalou ávida e vertiginosamente num meio onde a seriedade e a inteligência não abundam. Apenas a hipocrisia, os interesses e compadrios. Daí perceber-se o porquê do sindicato dos patrões (Liga de Clubes) agarrar-se a Domingos como aquele que vê em terra de cegos. Aliás, a sua idolatria no mundo do futebol tornou-se tão difícil de quebrar que até o seu presidente em exercício lhe perdoou o desígnio de preguiçoso e presunçoso e ainda o indultou de ser arguido no processo Saco Azul em que se suspeita ter prejudicado gravemente a própria entidade empregadora. Este processo de inquérito terá que ser encerrado pelo MP até domingo por ordem do vice-procurador-geral da República por despacho de setembro de 2021. Iremos descobrir, em breve, se processo crime contra o administrador com maior influência na SAD vai ser arquivado ou se existe matéria suficiente para o acusar. O primeiro cenário coloca em cima da mesa a sua continuidade na Luz, o segundo, ainda que sem sentença, deveria incentivar à sua renúncia. Mas já não são críveis as notícias que apontam à fragilidade do CEO devido a pseudo-pressão interna. Só quem não conhece o modus operandi do universo Benfica é que pode bafejar tal impropério. Aponte-se agora à empresa que irá criar e gerir o modelo de negócio da centralização dos direitos audiovisuais no futebol. Domingos deve lá estar para garantir que a sua entidade empregadora recebe mais do que atualmente. E não o mesmo ou menos...