Assistências, Transferências e ‘Ranking’ UEFA
Futebol#NãoPára é o espaço de opinião quinzenal de Vasco Pinho, Diretor Executivo da Liga Portugal
A Liga Portugal e o Futebol Profissional têm, por estes dias, todos os motivos para se sentirem orgulhosos perante dados que têm vindo a público e que reconhecem, em diferentes aspetos, o trabalho conjunto que tem sido desenvolvido e que, em primeira instância, é mérito dos nossos Clubes, embora nunca podendo esquecer-se que tudo o que acontece de bom no topo da pirâmide começou na base, nas Associações Distritais e Regionais, e conta ainda com a força das Associações de Classe, desde logo aquelas que representam os jogadores, treinadores e árbitros, uma vez que ao defenderem e valorizarem os principais protagonistas desta atividade estão a defender e a valorizar as nossas competições.
Começo pelas assistências. As primeiras oito jornadas da Liga Portugal Betclic e sete da Liga Portugal 2 Meu Super registam um aumento de seis por cento em relação ao período homólogo de 2023/2024, com mais de um milhão de espectadores a marcar presença nos estádios das duas provas. E no caso particular da Liga Portugal Betclic, o crescimento é ainda maior, oito por cento. Esta linha ascendente é particularmente notável porque na temporada passada, sob o lema ‘O Futebol És tu’, precisamente vocacionado para os adeptos, foi obtido o melhor registo de sempre, com mais de 4,2 milhões de espectadores a assistirem ao vivo aos jogos das duas competições profissionais.
Passo, agora, ao tema das transferências, ou seja, à criação, desenvolvimento e exportação de Talento, em que somos considerados um caso de estudo mundial que todos tentam decifrar ou copiar (no sentido positivo, pois os bons exemplos podem e devem ser copiados). A Liga Portugal Betclic vai numa sequência de 16 temporadas seguidas com balanços positivos e sempre a apresentar saldos impressionantes, seja na última janela, (€220 milhões), seja nas últimas cinco épocas (€759 milhões) ou seja nos últimos dez anos (€2,3 mil milhões), neste último caso com a segunda divisão inglesa (Championship), a Eredivisie dos Países Baixos ou o Brasileirão a surgirem bem distantes, com balanços na ordem dos €1,5 mil milhões, ou seja, menos 800 milhões de euros!
Por fim, o ranking UEFA, que esta época, até ao momento, é liderado por Portugal. Ou seja, as nossas equipas são aquelas que mais pontos somam nas competições europeias, o que significa que estamos no bom caminho para recuperar o terreno que, é bom vincar, não foi perdido pelo somatório de más épocas, antes devido a uma só temporada absolutamente atípica, 2021/2022, em que o Feyenoord chegou à final da Liga Conferência. Mérito, mais uma vez, para os nossos Clubes e para a sua capacidade de superação, mas também para a Liga Portugal, pela forma como protege os nossos representantes europeus, seja nas condicionantes impostas no sorteio do calendário, seja na marcação de jogos (as 72 horas de descanso são um princípio com força de regra) ou seja na reformulação da Taça da Liga Allianz CUP, que passou de 37 para 7 jogos para aliviar a densidade gerada pelo novo formato das provas da UEFA.
Assistências, Transferências e ‘Ranking’ UEFA, três temas em que os números falam por si.