Basquetebol Portugal perde com Polónia e tem 40 minutos a torcer pela Hungria para sonhar com Paris
Derrotada pela Polónia, por 78-65, no terceiro e último jogo do grupo B deste torneio de pré-qualificação para o apuramento olímpico de julho do próximo ano, a Seleção Nacional tem pela frente 40 minutos oficiais de esperança. Ou seja, tem de esperar que a Hungria, sobre quem conseguiu a única e notável vitória na Arena de Gliwice, ganhe à Bósnia, por uma vantagem entre os sete e os 14 pontos.
Portugal entrou mal no jogo, não obstante Travante Williams ter inaugurado o marcador com um triplo nos instantes iniciais, mas depressa Joroslaw Zyskowski e Michal Sokolowski colocaram os anfitriões na frente. Relvão assistido por Diogo Brito devolveu a liderança a Portugal, tal como Diogo Ventura, com um triplo, a meio do quarto inicial, também deixou Portugal a comandar por 8-6, instantes antes do base do Sporting ver chegar ao fim a prestação no jogo aos 6.25 minutos dentro de campo.
Numa disputa de bola, Ventura torceu o joelho e ficou logo agarrado à perna, após um ressalto.A saída deste líder nato da Seleção, que assinalou três pontos, causou mossa na equipa que chegou ao segundo período a perder por sete pontos (10-17).
Até ao intervalo (24-35), Portugal tentou reagir no segundo quarto (14-18), mas os polacos atingiram os dois dígitos de diferença, apesar da percentagem de triplos lusos situar-se entre os 38 e os 40%.
Não obstante o ataque mais certeiro no terceiro período, os homens de Mário Gomes não evitaram o maior acerto ofensivo da Polónia que chegou aos 16 pontos de vantagem, quando Portugal nunca passou dos três no total de 1.28 minutos em que comandou o marcador.
O derradeiro quarto começou com 41-57 para os anfitriões. Um parcial de 5-0 deu alento a Portugal, mas um triplo de Andrzej Pluta - o mais completo dos polacos com 13 pontos, 1 ressalto, 8 assistências e um roubo, contra os 8 pontos, 5 ressaltos e um roubo de bola de Gonçalo Delgado, estatisticamente o mais completo dos portugueses - quebrou o bom momento dos lusos e fez com que a Polónia reassumisse o controlo do jogo.
Diogo Gameiro, com 11 pontos, manteve a bola a voar sobre o cesto, mas as emoções já estava ao rubro no banco de Portugal. Exemplo disso, as palavras exasperadas de Travante Williams no time-out pedido por Mário Gomes a 2.20 minutos do fim. «Estamos a nosso melhor, homem! Não venhas com o discurso negativo de sempre», apontou o extremo antes mesmo do selecionador abrir a boca. Rafael Lisboa e Cândido Sá ainda tentaram reduzir o desequilíbrio, mas o desfecho estava à vista.