Mundial: «Portugal está obrigado a passar à segunda fase», dizem os americanos
Andreas Hertelt e o treinador da seleção americana Robert Hedin

Mundial: «Portugal está obrigado a passar à segunda fase», dizem os americanos

ANDEBOL14.01.202518:47

A opinião é do experiente alemão Andreas Hertelt, 'team manager' dos Estados Unidos, que têm no sueco Robert Heidin o treinador de uma seleção totalmente composta por jogadores naturalizados.

O team manager da seleção dos Estados Unidos de andebol, o alemão Andreas Hertelt, reconheceu, esta terça-feira, total favoritismo a Portugal no jogo inaugural do Grupo E do Campeonato do Mundo que irá decorrer na Noruega, Dinamarca e Croácia de arrancou hoje, em Herning, com o Itália-Tunísia e termina a 2 de fevereiro, em Oslo.

Os Estados Unidos, que surgem com uma seleção inteiramente composta por jogadores naturalizados, são o primeiro adversário de Portugal no Grupo E, amanhã (17h00) e Andreas Hertelt disse à agência Lusa que passar a fase preliminar é missão quase impossível.

«Vamos jogar contra Portugal, Noruega e Brasil, pelo que temos uma fase preliminar muito complicada. Vamos dar o nosso melhor. Queremos repetir o que fizemos há dois anos, mas desta vez é difícil chegar à main round», reconheceu.

Há dois anos, os americanos venceram Marrocos (28-27) e Bélgica (24-22), quebrando uma série de 23 derrotas consecutivas em fases finais do Mundial, e, mesmo sem terem conseguido o melhor resultado, inverteram a tendência e deram um passo importante.

«Não temos nada a perder. Temos uma boa equipa, com boa energia e os rapazes estão aqui porque querem estar e essa é a nossa força. Não temos jogadores de topo como as outras seleções, mas espero que tenhamos uma equipa», disse.

Sobre Portugal, o antigo internacional alemão, de 62 anos, não tem dúvida que «pode ser uma das seleções a surpreender no Mundial» e que está «obrigado a passar à segunda fase e a lutar por uma das vagas de acesso aos quartos de final».

«Vai ter um jogo difícil com a Noruega, que por certo irá depender de pormenores, mas, mesmo sem saber como estão as outras seleções, nomeadamente as escandinavas, chegar aos quartos de final é o mínimo para Portugal», disse o team manager dos norte-americanos.

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Quanto a candidatos ao lugar mais alto do pódio do Mundial 2025, Andreas Hertelt aponta a tricampeã Dinamarca, detentora do título olímpico e medalha de prata no último Europeu, na final perdida no prolongamento para a França (33-31).

«Não sabemos como está a França [que recentemente venceu Portugal por 44-38], após a saída de Nikola Karabatic. A Alemanha também está a jogar bem, mas creio que não vai haver surpresas sobre os principais candidatos», adiantou.

Sobre os ombros de Andreas Hertelt recaí o peso de, juntamente com o treinador sueco Robert Heidin, preparar a seleção dos Estados Unidos para os Jogos Olímpicos Los Angeles 2028, para os quais já está apurada como anfitriã.

«É uma missão complicada até porque o andebol não tem tradição nos Estados Unidos. O próprio nome já pertence a outra disciplina, que é um desporto em que se bate a bola com a mão contra uma parede», explicou, entre sorrisos,  Hertelt.

O sueco Robert Heidin, de 58 anos, jogou com Andreas Heltelt, e do seu palmarés consta o titulo europeu em 1994, em Portugal, as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, e o bronze no Mundial 1993, na Suécia.

Portugal e Estados Unidos defrontam-se na quarta-feira na Unity Arena, em Oslo (17h00 de Portugal), no jogo inaugural do Grupo E da fase preliminar.