Paraciclista regressou à competição um dia depois de conquistar a medalha de bronze no contrarrelógio H5
O paraciclista Luís Costa foi esta quinta-feira 4.º classificado na corrida de estrada em classe H5 (amputados com bicicleta manual), de quase 60 quilómetros, nos Jogos Paralímpicos de Paris, com algum azar à mistura num manhã chuvosa em Clichy-sous-Bois. Recorde-se que quarta-feira Luís Costa, 51 anos, venceu a medalha de bronze no contrarrelógio.
Existem 22 modalidades no programa paralímpico e salvo o boccia e o goalball, que são exclusivas do evento, todas as outras são familiares aos adeptos do desporto. Só que com regras e especificidades próprias
Logo nos primeiros metros, Luís Costa, 51 anos, viu-se apanhado na queda de um paraciclista neerlandês e perdeu algum tempo, mas acabou por recuperar e seguiu grande parte do percurso em terceiro – ainda era terceiro na passagem de controlo aos 42,6km.
«A corrida começou muito mal para mim, houve uma queda na primeira curva e eu fiquei preso e perdi o pelotão dos quatro mais fortes. Tive que fazer 5 ou 6 km a fundo para chegar à frente e consegui, mas sabia que mais tarde ou mais cedo poderia ter que pagar a fatura do esforço inicial que fiz. Cheguei à posição de discutir a medalha de bronze com o atleta ucraniano e tive que me contentar com o 4.º lugar, mas dei tudo até ao fim», referiu Luís Costa, em declarações reproduzidas pelo Comité Paralímpico de Portugal.
Acabou os 56,8 quilómetros com mais 4m04 que o vencedor, o neerlandês Mitch Valize (1:33,12), que terminou à frente do francês Loic Vergnaud (+1:15). Em terceiro, descolando de Luís nos derradeiros metros, ficou o ucraniano Pavlo Bal (1:37,03), com 13 segundos de vantagem para o português (1:37.16).
É mais um diploma para Portugal nestes Jogos Paris 2024.
Portugal conta já com duas medalhas de ouro por Miguel Monteiro no lançamento do peso F40 de atletismo, e Cristina Gonçalves em individuais BC2 de boccia. Duas de bronze, por Diogo Cancela nos 200 metros estilos SM8 de natação, e Luís Costa no contrarrelógio H5 de ciclismo de estrada, para além de 11 diplomas paralímpicos conquistados em classificações obtidas do 4.º ao 8.º lugares.