João Costa: «Fui atrás do que procurava há muito tempo»

Natação João Costa: «Fui atrás do que procurava há muito tempo»

NATAÇÃO01.08.202322:33

Além de Diogo Ribeiro, outras das principais figuras da Seleção no 20.º Mundial de Fukuoka foi João Costa, que ao qualificar-se para as meias-finais dos 100 costas logo no primeiro dia do campeonato com recorde nacional, fez mínimos A para os Jogos de Paris-2024, juntando-se ao grupo onde já se encontra Diogo (50 e 100 livres, 100 mariposa), Miguel Nascimento (50 livres) e Camila Rebelo (200 costas).  

«Regresso mais do que satisfeito. Acho que os resultados demonstraram isso. Fui atrás do que já procurava há muito tempo. O trabalho árduo desta vez resultou e no final compensou», comentou o internacional do V. Guimarães, de 22 anos, que melhorou o seu máximo nacional de 100 costas ao registar 53,71s (10.º) nas eliminatórias, mais tarde ainda igualou o recorde de Alexis Santos nos 50 costas (22.º elim. 25,28s), acabando, no último dia, por ajudar a estafeta de 4x100 estilos a superar a melhor marca de seleções e a terminar no top-16 (3.35,63m). Posição que no futuro também pode dar visto para a capital francesa.

Quando fez os mínimos para os Jogos sentiu logo que havia conseguido esse tempo ou ficou surpreso ao olhar para o quadro? «Fiquei surpreso», confessa. Apesar de tudo, de manhã, na eliminatória, um atleta tem de dar o máximo, mas não se costuma sentir a 100 por cento. Mas o facto de ter feito logo o mínimo na minha primeira prova - estava mais nervoso, preocupado e com maior pressão -, fiquei aliviado», revela.

E o que é que depois aconteceu na meia-final em que o tempo foi pior, partiu mal?  «Acho também se deveu a ter tido uma descarga emocional de manhã. Mas não fiquei chateado com a marca da semifinal [54,30], no entanto, agora terei de trabalhar mais para conseguir melhorar as meias-finais e finais». E ambição é apenas para ir aos Jogos nos 100 ou igualmente aos 200 costas? «Os 200 também fazem parte e o objetivo é fazer o mínimo», refere João.

Fale-nos um bocado desse nervosismo que sentiu. Afinal este era o seu primeiro Mundial, tratava-se da primeira prova... Aconteceu quando estava na câmara de chamada, quando foi para o bloco, como foi? «Acho que aqui nervoso não é a palavra certa, só tinha um miudinho na barriga, mas queria competir e mostrar o que valia porque, apesar de tudo, a época não me correu muito bem e desejava mostrar que o treino e tudo o resto estava lá e era capaz. Foi o que aconteceu. Pretendia ir para a frente da prova e fi-la por mim, sozinho na minha cabeça», analisou Costa que também saiu satisfeito pelo desempenho da estafeta.

«É bom para Portugal poder representar o País numa estafeta, algo que não fazíamos há muito tempo e ainda batemos o recorde e ficámos nos 16 primeiros. É um lugar que pode vir a dar acesso aos Jogos Olímpicos, por isso, penso que é histórico para a natação nacional», concluiu.