Judoca da Universidade Lusófona é a grande sensação da Seleção no segundo dia do campeonato na Croácia e pode trazer a 43.ª medalha para Portugal no evento. Não terá missão fácil ante uma adversária que lhe ganhou sempre.
Depois de, ontem, Catarina Costa (-48 kg) ter ganho a medalha de bronze no primeiro dia do Europeu de Zagreb de judo, esta sexta-feira tarde haverá novamente outra portuguesa na luta pelo último degrau do pódio. Agora nos -70 kg, com Joana Crisóstomo (52.ª do ranking) a enfrentar a poderosa espanhola Aí Tsunoda (8.ª), que logo no seu primeiro combate da categoria deixara pelo caminho a algesina e ainda júnior Taís Pina (34.ª), impondo três castigos.
Tendo já subido por duas vezes ao pódio em Europeus juniores - prata em Porec-2020 e bronze no Luxemburgo-2021 - Joana, de 22 anos, está agora a uma vitória de agarrar a sua primeira medalha na prova sénior, esta é a terceira vez que participa, e ainda igualar o resultado que o irmão, João, sete anos mais velho, conseguiu na edição de Lisboa-2021.
Joana e Ai já se encontraram por quatro ocasiões com a espanhola, conhecida por ter sempre o cabelo muito curto e ser um poço de força e técnica, a ter vencido todas as vezes. A última em março, no Grand Slam de Antalya.
Judoca da Académica de Coimbra conta como foi superando as limitações fisicas sem mostrar às adversárias as dores que sentia no corpo depois de cinco meses afastada devido a duas leões e uma cirurgia e como se supreendeu a resolver combates a fazer contra-ataques que nem tinha treinado
Ao longo do dia, em que voltaram a estar em ação seis judocas nacionais, no primeiro combate Crisóstomo obteve a vitória face à bósnia Aleksandra Samardzic (32.ª), projetando-a para wazari a 1.24m, mas depois permitiu que a adversária lhe fizesse o mesmo passados 31s, o que levou o confronto para prolongamento. Apenas ficou apenas após 6.14m de luta com novo wazari da tricampeã nacional.
Mais rápido, 1.25m, levou a passagem aos quartos de final, graças a um ippon à belga Gabriella Willems (31.ª), que lhe ganhara na única ocasião em que se haviam defrontado.
Mas se o combate com Willems correu célere, já o contra a alemã Miriam Butkereit (6.ª), que esta temporada soma quatro pódios no Circuito Mundial, incluindo o 3.º lugar no Grand Prix de Portugal de judo, e derrotou Joana em duas ocasiões, decorreu desgastantes 7.14m. Com as duas já bastante esgotadas, acabou por ser a germânica, que procurava resolver as coisas no chão, a marcar wazari.
Depois das pratas em Sófia-2022 e Montpellier-2023, a olímpica da Académica de Coimbra marca o regresso à competição após cinco meses de ausência devido a intervenção cirurgica com o 42.º pódio de Portugal Zagreb-2024
Com direito a ir à repescagem, Joana Crisóstomo impôs-se à italiana Irene Pedroti (35.ª) projetando esta, mas sem pontuar, para de seguida, na continuação do movimento, imobiliza-la e garantir o combate pelo bronze em apenas 1.28m.
Notícia em atualização