Conjunto sadido reitera ter a situação contributiva regularizada e diz que a decisão do Conselho de Justiça tem como base critérios extra futebol; equipa setubalense corre risco de descer para os distritais
O Vitória de Setúbal confirmou, esta quarta-feira, ter perdido o recurso apresentado ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e está assim proibido de participar na Liga 3, tal como tinha adiantado A BOLA no passado dia 3 de junho.
Através de um comunicado, o conjunto sadino diz considerar «injusta e desproporcional» a decisão do não licenciamento, reiterando que o clube tem regularizada toda a sua situação contributiva e que a impossibilidade de apresentação da certidão deve-se «exclusivamente à situação de insolvência do clube».
Emblema sadino garantiu, desportivamente a subida de divisão, mas vai falhar promoção devido a questões de... 'secretaria'; impossibilidade de cumprir os requisitos financeiros inerentes à competição estão na génese deste desfecho; Limianos à espreita, ainda que com o problema do... relvado
«Lamentamos profundamente esta decisão, que consideramos injusta e desproporcional. O Vitória Futebol Clube SAD regularizou a sua situação contributiva junto da Segurança Social, conforme comprovado pela entrega das respetivas declarações. A impossibilidade de apresentar a certidão (razão invocada para a decisão) deveu-se exclusivamente à situação de insolvência do clube, facto que não invalida a regularização da sua situação contributiva», começou por dizer o clube sadino, reforçando que esta decisão teve como base critérios extra futebol e não de justiça desportiva e recordando ainda que o Vitória de Setúbal conseguiu a promoção à Liga 3 dentro das quatro linhas.
«Mais uma vez, salientamos que o Vitória Futebol Clube SAD apresentou a declaração comprovativa da regularização da sua situação contributiva, cumprindo todos os requisitos legais. No entanto, somos confrontados com uma decisão que, a nosso ver, se baseia em critérios extrafutebol e não na justiça desportiva. Esta situação é mais um exemplo do retrocesso que o futebol português tem vindo a sofrer, com decisões obscuras e que beneficiam sempre os mesmos ou quem a eles está ligado/relacionado», acrescentou.
Por fim, o clube setubalense teceu duras críticas ao União de Santarém, possível substituto na próxima edição da Liga 3, por supostas ligações à FPF: «É do conhecimento público, 'por coincidência', que um dos diretores da FPF foi presidente da União de Santarém, assim como também, uma vez mais 'por coincidência', que o dono da SAD da U. Santarém detém ligações fortes a uma equipa de Lisboa. Estas coincidências levantam sérias dúvidas sobre a imparcialidade das decisões tomadas pela FPF.»
Órgão que dirige o futebol em Portugal não concedeu aos sadinos a licença para poderem participar nas competições da FPF
Negada a promoção devido ao não cumprimento dos requisitos financeiros para integrar as competições da FPF, o histórico emblema do futebol português corre sérios riscos de descer às competições distritais, já que os requisitos legais para competir no Campeonato de Portugal são idênticos aos da Liga 3.
Recorde-se que, no plano desportivo, o Vitória de Setúbal conseguiu a promoção, tendo apenas perdido na final do Campeonato de Portugal, disputada no Estádio Nacional, diante o Amarante, por 0-3.
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