FPF não licencia Vitória de Setúbal na Liga 3
Conforme já tinha sido adiantado pela A BOLA, o Vitória de Setúbal não recebeu a licença para poder participar nas competições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mais concretamente na Liga 3, objetivo que tinha alcançado desportivamente. Quem o confirmou foi a FPF, que, esta quinta-feira, divulgou a lista de clubes licenciados, onde não constava o nome dos sadinos.
Nas alíneas finais da lista, a FPF reforça que o processo está ainda pendente da decisão da Comissão de Recurso, uma vez que o clube apresentou recurso da decisão. Em causa, recorde-se, está o não cumprimento dos requisitos financeiros para integrarem as competições da FPF.
O Vitória de Setúbal já emitiu um comunicado onde revelou que continua a aguardar o desfecho na comissão de Recurso da decisão da FPF.
No comunicado, pode ler-se «Foi o Vitória Futebol Clube SAD informado através do site da Federação Portuguesa de Futebol que a decisão sobre a inscrição na Liga 3 para época 2024/25 da sua equipa sénior de futebol masculina continua a aguardar desfecho na Comissão de Recurso. O Vitória aguarda serenamente a decisão do recurso interposto, convicto de que a razão nos assiste.»
Se este recurso não for aceite, os sadinos cairão para os distritais, uma vez que os requisitos legais para competir no Campeonato de Portugal são os mesmos da Liga 3, já que ambas as competições são organizadas pela FPF.
O presidente do Vitória de Setúbal, Carlos Silva, contestou veementemente a decisão da Comissão de Licenciamento de recusar a inscrição dos sadinos na Liga 3. Em declarações a A BOLA TV, Carlos Silva deu a sua versão dos factos: «A Comissão de Licenciamento alega que o Vitória não entregou a certidão da Segurança Social a atestar os pagamentos regularizados. Só que o Vitória, estando numa situação de insolvência, não pode ter acesso a um documento certificado da Segurança Social.»
«Essa justificação foi enviada quer pelo Tribunal, pela administradora judicial, quer pela própria Segurança Social. Mandámos duas delcarações da Segurança Social. A comissão não atendeu a essas duas declarações e agarrou-se ao formalismo de um documento [declaração em vez de certidão] em vez de avaliar o conteúdo: estamos a pagar desde 2018», revelou o presidente dos sadinos.