Vimaranenses apontam à melhor pontuação de sempre e ainda ao 3.º lugar da classificação; axadrezados pretendem somar pontos para fugirem, em definitivo, ao 'play-off' de descida
O Vitória de Guimarães recebe o Boavista este sábado às 20.30 horas, em partida da 31.ª jornada da Liga. Apenas faltam quatro partidas para a época terminar e cada ponto vale muito, seja na luta pelo pódio, de forma a obter a melhor pontuação de sempre - máximo anterior é de 62 pontos, atualmente somam 57 -, como é o caso dos vimaranenses, como, por outro lado, para amealhar o maior número de pontos possíveis, de forma a evitar situação desconfortável na tabela e até mesmo o lugar de play-off de descida, como é o caso dos axadrezados.
V. Guimarães
Os vimaranenses procuram o regresso aos triunfos, pois estão há três jogos consecutivos sem ganhar. Empate caseiro com o Farense e derrotas com FC Porto (2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal) e na deslocação ao reduto do Sporting.
A tradição revela um saldo favorável ao Vitória no Estádio D. Afonso Henriques, tendo vencido 38 dos 65 jogos disputados, empatado onze e perdido em 16 ocasiões. A última derrota caseira com os axadrezados remonta à temporada 2000/01, por 1-2, na jornada 28 da Liga, com Augusto Inácio no comando técnico dos vimaranenses e Jaime Pacheco como treinador do Boavista (que foi campeão nessa época).
Para este confronto, Álvaro Pacheco já conta com Jorge Fernandes e Bruno Gaspar que regressam de castigo e diretos ao onze, em detrimento de Tomás Ribeiro e Miguel Maga. Também Jota Silva vai voltar às opções iniciais, saindo André, ficando a dúvida se Kaio César se mantém ou se o técnico opta por Nuno Santos, no caso de Butzke permanecer como avançado.
Figura: Jota Silva. O avançado português, de 24 anos, ficou no banco de suplentes frente ao Sporting, mas está de volta às escolhas iniciais como confirmou Álvaro Pacheco na antevisão a esta partida com o Boavista. O internacional luso procura, pelo menos, mais um golo para realizar a sua temporada mais goleadora de sempre. Tem feito uma época excecional e é essencial para o Vitória de Guimarães nesta reta final, pois o clube procura a melhor pontuação de sempre e ainda o 3.º lugar da Liga.
O que disse Álvaro Pacheco: «A quatro jogos do final, estamos a cinco pontos do 3.º e do 4.º classificados, por exemplo no último campeonato a distância do 4.º para o 5.º foi de 20 pontos e o quinto não foi o Vitória. Olhando para o nosso espírito e qualidade que fomos criando ao longo da época, somos uma equipa que ainda está focada no que falta conquistar. Vamos à procura de sermos extraordinários, mas para isso temos de ser Vitória.»
Treinador do Vitória de Guimarães fez a antevisão à receção ao Boavista, este sábado às 20.30 horas, na 31.ª jornada da Liga; técnico aponta ao regresso às vitórias perante um adversário que vai fazer de tudo para levar pontos do Estádio D. Afonso Henriques.
Boavista
Os axadrezados estão há cinco partidas sem vencer - três derrotas e dois empates -, sendo que trocar de técnico na última jornada, com Jorge Simão a assumir o comando e registou uma igualdade a um na receção ao Estrela da Amadora, na 30.ª ronda da Liga. Um ponto que ajudou a causa boavisteira, pois neste momento tudo o que consiga amealhar é bem-vindo.
Neste momento, o Boavista ocupa a 13.ª posição com 30 pontos e apesar de os lugares de descida direta ainda estarem a uma certa distância - Chaves a sete e Vizela a nove -, a verdade é que o 16.º lugar, ou seja, a equipa que vai ter de disputar o playoff de descida, está a somente dois pontos, sendo que pertence ao Portimonense.
O novo técnico não deve alterar em, praticamente, os jogadores e o sistema (4x2x3x1) que apresentou no confronto com os amadorenses, em busca de consistência e de conseguir o melhor resultado possível no Estádio D. Afonso Henriques. A última vitória no reduto dos vimaranenses, já remonta a 2000/01, mas há duas temporadas (2021/22), os axadrezados conseguiram um empate a uma bola.
Figura: Bruno Lourenço. O extremo português, de 24 anos, está a realizar uma temporada muito consistente, sendo que é dotado de uma técnica que faz a diferença. Já apontou quatro golos e fez uma assistência e é uma das peças mais utilizados pelos treinadores que vão passando pelo comando da equipa. O jogador luso regressou ao onze com Jorge Simão e pode recuperar o estatuto de fundamental nesta ponta final da temporada.
O que disse Jorge Simão: «O que me vem à cabeça é que estamos vivos. Estamos vivos para a luta. Consigo ter a empatia, a sensibilidade para perceber o quão difícil foi esta época para este grupo de jogadores. O quão difícil tem sido. Aquilo que eu vou entendendo, aquilo que eu vou vendo, aquilo que eu vou percebendo no dia-a-dia é que esta rapaziada está viva. Está viva e pronta para ir à luta.»