Tudo o que disse Rúben Amorim após o Tondela-Sporting
Técnico leonino no rescaldo à vitória em Tondela, que carimbou a passagem à 'final four' da Taça da Liga
Na sala de imprensa do Estádio João Cardoso, depois de carimbar mais uma presença na final four da Taça da Liga, Rúben Amorim destacou «a sorte» que tem em treinar «uma equipa grande, com excelentes jogadores», e abordou as possíveis aquisições do Sporting no mercado de inverno, revelando que os leões pretendem um jogador «polivalente».
Ficou satisfeito com a primeira parte e com o presente que a equipa deu aos sportinguistas?
«Todos os adeptos do clube querem presentes no fim do ano. Obviamente, comparando este ano com o ano passado, estamos em todas as frentes, estamos bem, as sensações são diferentes, mas não há presente nenhum. Fizemos a nossa obrigação, que era ganhar o jogo. Gostei bastante da primeira parte, na segunda baixámos um bocadinho o ritmo, mas o Tondela também percebeu melhor o espaço que tinha de tapar. Mas, mesmo assim, se olharmos para as ocasiões de golo, falhámos golos na cara do guarda-redes. E o golo do Tondela foi com ressaltos, e foi um bom golo. Estou satisfeito, mas não fizemos nada mais do que a nossa obrigação.»
Como é que foi a semana do Eduardo Quaresma, após a exibição frente ao FC Porto?
«Gostei da reação dele. Ele sentiu as palavras do treinador, e eu já o conheço. Pés bem assentes na terra. Hoje simplesmente fomos fazer uma saída a dois ou a quatro, e acho que o Neto tem mais condições para isso, neste momento. Com o Quaresma, passámos para uma situação de saída a três. Teve mais a ver com o aspeto tático. Também porque vamos ter uma pausa de três dias, por isso é que alguns estão a fazer corrida e ginásio, e o Neto não tinha jogado. O Quaresma tinha jogado, saiu até cansado, e nós quisemos equilibrar, para quando começarmos a preparar o Portimonense todos os jogadores têm carga de jogo e podermos escolher toda a gente e estarem todos ao mesmo nível. Não foi para mostrar qualquer coisa ao Quaresma. Ele mereceu, fez o seu jogo, treinou bem. Entendeu a mensagem, ele tem é de continuar a trabalhar.»
Que posições é que o Sporting pretende reforçar em janeiro?
«Não posso dizer as posições específicas, porque depende muito também de onde podemos chegar. Temos um plano. Tínhamos certas posições que queríamos reforçar, e depois há aqui uma dúvida grande, tenho de ver que tipo de jogador precisamos mais. Vamos tentar chegar a alguns, não só para agora mas para o futuro. Um jogador polivalente, que faça várias posições. É muito importante.Nnós não queremos um plantel muito longo, porque temos de ter espaço para os Afonsos Moreiras, etc. Não vos vou dizer especificamente, mas a ideia é reforçar uma ou outra posição com um jogador polivalente, que possa fazer várias posições para salvaguardar todas as situações.»
Daniel Bragança marca e faz uma assistência pela primeira vez. Importante para os níveis de confiança do jogador?
«Sinto que, a cada jogo, ele faz um jogo mais maduro do que antigamente. Apesar de também estar a ter mais tempo de jogo, já houve outras fases em que ele jogava muito bem, mas eu não sentia a maturidade que ele tem agora. Às vezes eles crescem com estes percalços, que são difíceis, ficam mais maduros como homens, e depois mostra-se no jogo. Aproveitou para ganhar algum cabedal durante o tempo que esteve parado, e eu sinto isso no jogo dele. Sinto um Dani muito mais maduro e este jogo foi mais uma confirnação. Se olharmos para cada vez que o Dani entrou ou foi titular, eu não senti diferença nenhuma na equipa. Depende é das características do jogo. O Dani tem características diferentes do Pote, do Morita, do Hjulmand, do Dário, mas sempre que joga sinto-o um jogador mais maduro e mais pronto para todo o tipo de jogos que tivermos. Todos os momentos são importantes para todos os jogadores. O Dani demonstra cada vez mais que está mais jogador.»
Como classifica a jogada do primeiro golo do Sporting?
«Foi muito bem jogado. Eu olho para a jogada, os posicionamentos estão lá, mas acima de tudo o mérito é dos jogadores. É uma sorte treinar uma equipa grande com excelentes jogadores. Foi tudo ao primeiro toque, com muito talento. A finalização do Dani, o passe de primeira do Nuno (Santos)... Todos esses momentos são importantes, e eles merecem esse reconhecimento.»