Tribunal Administrativo confirma castigo a Miguel Afonso por assédio sexual
Confirmação do Tribunal Central Administrativo (TCA) Sul após contestação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) à amnistia da Jornada Mundial da Juventude. Treinador foi alvo de denúncias de jogadoras do Rio Ave em 2020/2021
O Tribunal Central Administrativo (TCA) Sul confirmou o castigo a Miguel Afonso por assédio sexual, após contestação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) à amnistia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Num despacho a que a Lusa teve acesso, esta segunda-feira, o TCA Sul refere ter dado provimento a um recurso apresentado pela FPF contra a amnistia aplicada ao técnico, que a 3 de novembro de 2022 foi punido com uma pena de suspensão de 35 meses e 5.100 euros de multa pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF, pela «prática de cinco infrações disciplinares» muito graves, decorrentes de «comportamentos discriminatórios em função do género e/ou da orientação sexual».
O treinador, de 41, anos contestou a pena para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) que, manteve o castigo, cujos atos remontam ao início da época 2020/2021, quando este treinava a equipa feminina do Rio Ave. Contudo, o castigo acabou por ser abrangido pelo decreto de amnistia pela visita do papa Francisco a Portugal, por ocasião da JMJ. A decisão é agora anulada pelo despacho do TCA Sul.
Recorde-se que Miguel Afonso foi alvo de denúncias de jogadoras do Rio Ave em 2020/2021. O Famalicão, clube que orientava nessa altura, acabou por suspender o técnico.