Futebol Feminino TAD ratifica castigo da FPF: 35 meses de suspensão a Miguel Afonso por assédio sexual
35 meses de suspensão e €5.100 de multa pelos crimes de «assédio sexual» e «discriminação». Esta a pena que Miguel Afonso, de 41 anos, ex-treinador da equipa de futebol feminino do Famalicão, viu esta terça-feira o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) –ao qual o técnico recorrera - ratificar, após lhe ter sido aplicada em primeira instância a 3 de fevereiro de 2022 pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O Conselho de Disciplina da FPF já tinha dado como provada «a prática de cinco infrações disciplinares muito graves», por alegados «comportamentos discriminatórios em função do género e/ou da orientação sexual», e o TAD ratificou a decisão, no acórdão proferido, e que reporta a atos ocorridos na época 2020/21, quando ao leme da equipa feminina do Rio Ave.
O TAD «negou provimento» e «julgou improcedente a ação proposta pelo demandante [Miguel Afonso]», não validando as alegada nulidade e anulabilidades que o técnico invocava para reconsideração da pena.
Técnico das equipas femininas, respetivamente – e por esta ordem - do Bonitos de Amorim (2019/20), Rio Ave (2020/21), Ovarense (2021/22) e, por último, Famalicão, foram as denúncias de jogadores do clube de Vila do Conde à imprensa (Público) a espoletarem o caso.
Recorde-se que a 1 de fevereiro, o TAD também havia mantido o castigo de 18 meses de suspensão e €3.060 de multa, também antes deliberado pelo CD da FPF a Samuel Costa, dirigente do Famalicão, de 37 anos – esteve no V. Guimarães em 2020/21 e no Valadares/Gaia em 2021/22 - igualmente por «três crimes de infrações muito graves de assédio sexual e de «discriminação» para com duas jogadoras.