Técnica luso-francesa reconheceu importância pessoal e familiar em jogar no Estádio da Luz e, entre elogios a Kika Nazareth, reforçou que o Benfica cresceu muito como equipa desde o último confronto; Le Sommer destacou reencontro com ex-colega, Jéssica Silva, mas avisa que dentro de campo ‘não existe afinidades’; Ada Hegerberg e Danielle Van de Donk estão fora do encontro
Na perseguição do sonho de chegar às meias-finais da Liga dos Campeões feminina, o Benfica vai defrontar o Lyon. O conjunto francês é um dos grandes nomes da modalidade, tendo nos oito títulos de campeão europeu - seis nos últimos 10 anos -, um reflexo do que a turma encarnada irá defrontar esta terça-feira (20H), em pleno Estádio da Luz.
Na antevisão da partida, a treinadora luso-francesa do Lyon, Sónia Bompastor, mostrou-se muito expectante por poder cumprir o sonho de jogar no Estádio da Luz, mas enalteceu que, para isso, o Lyon precisa de vencer este encontro e a eliminatória.
«De há dois anos para cá, esta equipa do Benfica cresceu muito e são mais equipa. Nós temos experiência, mas elas são uma equipa capaz de jogar com muita agressividade, com muita qualidade técnica, e não é qualquer um que consegue fazer 4 golos ao Barcelona, atual campeã em título. O Benfica é um clube que eu sigo muito, não com a regularidade que gostaria, e que acompanha este crescimento que se assiste em todo o futebol feminino nacional, com destaque para a estreia no Campeonato do Mundo, do ano passado. Quanto a nós, o nosso percurso nesta competição de nada vale, se não usarmos todas as forças para levarmos de vencido esta grande equipa» começou por dizer treinadora do conjunto gaulês, que não escondeu o laço familiar em torno deste encontro:
«Para mim será um jogo muito especial, porque toda a família do lado da minha mãe são portugueses e são, sobretudo, benfiquistas.»
Filipa Patão destacou a ambição constante das jogadoras encarnadas como garantia de que lutarão com o Lyon pela passagem às meias finais da Liga dos Campeões feminina, apesar do poderio do adversário; Pauleta apelou à presença massiva de público na Luz, esta terça-feira
Questionada sobre a qualidade individual das águias, Sónia Bompastor recordou os elogios feitos no passado a Kika Nazareth, dizendo que esta já tenha sido a melhor jogadora do Benfica no último embate entre as duas equipas: «É uma jogadora que conheço bem, talentosa, tem muita habilidade e que está ainda a evoluir. É verdade que, há dois anos, ela já tinha sido a melhor jogadora do lado do Benfica pela influência que transmite. Quer na Seleção, quer no clube, a Kika é uma jogadora com muito para dar e que pode ainda ser muito melhor do que já é», acrescentou.
Eugénie Le Sommer foi a jogadora que acompanhou a treinadora luso-francesa na antevisão e também deixou elogios ao percurso das águias, com particular enfoque para Jéssica Silva, sua ex-colega no Lyon: «Elas estão nos quartos de final porque merecem. Nós temos a experiência, porque somos, no papel, a equipa com mais rotinas na competição, mas, de igual modo, sabemos que o Benfica não tem nada a perder e vai dar o máximo. Esperamos um jogo muito complicado amanhã, mas com a envolvência deste estádio sei que será um grande espetáculo. Sobre a Jéssica Silva, é uma grande amiga, que vi recentemente no jogo entre Portugal e França. É sempre uma boa reunião e será um jogo que vamos recordar no futuro. Contudo, dentro de campo não existem afinidades e espero vencer», realçou a avançada de 34 anos.
Por fim, a técnica do Lyon confirmou que Ada Hegerberg - estrela maior deste coletivo e vencedora da Bola de Ouro, em 2018- não recuperou a tempo da lesão e, tal como Van de Donk, estão fora das opções para o encontro. « A Ada Hegerberg não recuperou totalmente, então, para este jogo não estará disponível, tal como a Danielle Van de Donk, que não viajou. De resto, todas estão conosco e estamos concentrados no presente e no futuro», concluiu.