Pogacar e a estreia na Paris-Roubaix: «Ainda não, mas nunca se sabe»
O Inferno do Norte é um dos monumentos, com a Milão-Sanremo, em que a vitória falta no palmarés do corredor esloveno. Mas a participação, até ver, estará fora de hipóteses em 2025
Paris-Roubaix é uma das escassas corridas de grande prestígio que Tadej Pogacar não venceu. A clássica francesa, conhecida pelo Inferno do Norte, tem características únicas e ainda não integrou os planos do esloveno, que já conquistou o segundo monumento de piso empedrado, a Volta a Flandres (2023).
O campeão mundial de fundo já assumiu em várias ocasiões a pretensão de juntar Roubaix ao seu extenso palmarés - aos 26 anos, um total de 88 vitórias -, mas ainda não deverá ser na temporada que lutará pelo ambicionado 'calhau', o troféu que premeia o vencedor da célebre prova.
«Paris-Roubaix? Ainda não. Mas nunca se sabe…», declarou Tadej Pogacar à margem do 75.º aniversário da Rog Cycling Association e da Noite das Estrelas, que distingue o melhor ciclista esloveno do ano, prémio que o líder da UAE Emirates arrebatou pelo quinto ano consecutivo.
«Se a forma física for boa para determinada competição que possa não estar no meu programa, este poderá ser ajustado durante a temporada», ressalvou o Pogacar na mesma ocasião, que já adiantou outros objetivos inéditos para 2025. «Sim, há fortes hipóteses de participar na Volta a Espanha no próximo ano», disse o número 1 do ranking mundial.
A Vuelta e a Milão-Sanremo (outro dos cinco monumentos, além da Paris-Roubaix e da Volta a Flandres, a Liège-Bastogne-Liège e a Volta à Lombardia) estão entre das competições que o esloveno ainda não venceu. «Ainda tenho alguns eventos oficiais, mas depois passarei lentamente aos preparativos para começar no dia 1 de dezembro, juntamente com a equipa, em local mais quentes, Alicante, iniciar os treinos mais a sério», explicou Pogacar.
Uma coisa é certa, Tadej Pogacar planeia claramente um dia experimentar o pavé do Inferno do Norte e estará disposto para fazer os esforços para levantar os braços no velódromo de Roubaix. Mas não para já... «Fiz a Paris-Roubaix uma vez quando era júnior e não consigo imaginar o quão difícil deve ser como elite. O sofrimento no empedrado é terrível. Para vencer essa prova também terei de ganhar alguns quilos. O que vai ser difícil, considerando os objetivos que terei na temporada. Creio que estou muito leve para atacar a Paris-Roubaix», reconhece o três vezes vencedor do Tour (2020, 21 e 24) e uma vez do Giro (2024).