«Tomei consciência de que tinha de liderar a equipa», assume Morita
Hidemasa Morita está ao serviço da seleção japonesa que vai defrontar a China e o Bahrain (Foto Imago)
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«Tomei consciência de que tinha de liderar a equipa», assume Morita

FUTEBOL04.09.202418:39

Japonês 'foge' de lugar de destaque mas a certa altura sentiu que... tinha de ser

Após duas épocas no Kawasaki Frontale, Hidemasa Morita saiu do Japão em 2020 rumo ao Santa Clara. Duas temporadas nos Açores chegaram para convencer os responsáveis leoninos a avançarem para a sua contratação e, após pouco tempo em Alvalade, a assumir lugar de destaque de leão ao peito. «Senti um conflito interno pois não queria mudar a minha forma de jogar e senti que tinha de fazê-lo para ser reconhecido. A uma dada altura tomei consciência de que tinha de liderar a equipa para o caminho certo», assumiu numa conversa informal na DAZN Japão conduzida pelo antigo jogador Takashi Fukinish. 

Apesar de já levar quatro anos em Portugal, Morita expressa-se apenas em japonês e foge sempre dos holofotes, pelo que a braçadeira de capitão é algo que continua ver.. de longe. «A personalidade revela-se na posição que jogamos, e eu acredito que fui feito para apoiar os outros», assegura.

E sente-se mais confortável a jogar a 6 ou a 8? Para o médio, fundamental é o passe. «Jogamos sempre a raciocinar, pois temos que ver se o nosso passe pode ser intercetado. Os avançados pensam que só temos de passar a bola e muita gente pensa o mesmo mas não é assim», assegura.

Na terceira época de leão ao peito, Morita leva oito golos mas gosta mais «de passar do que de marcar». No entanto, a melhoria no capítulo de finalização é algo que, aos 29 anos, está no seu horizonte: «O Kubo e o Kamada dizem-me para não ser egoísta e para jogar atrás deles, mas às vezes tenho vontade de ir lá para a frente».
Morita está ao serviço da seleção japonesa, o que o obriga a grandes deslocações a cada data-FIFA e pretende mudar um pouco este cenário. Por exemplo, agora vai defrontar a China em casa e o Bahrain fora. «Preciso de pensar mais em mim», concluiu, olhando para o futuro.