Botafogo «Tem sido uma violência para a equipa»

O Botafogo de Luís Castro está com 5 pontos de vantagem sobre o Palmeiras no Brasileirão, depois de ter batido o América Mineiro e a equipa de Abel Ferreira ter registado o terceiro empate seguido, agora frente ao Atlético Mineiro (ver notícia associada).

Apesar da vitória, Luís Castro tinha críticas, nomeadamente, e mais uma vez, ao calendário. «Jogar de dois em dois dias tem sido uma violência para a equipa. De 21 ou 22 jogos, 17 são de dois em dois dias. Tenho de enaltecer os jogadores, que fizeram a obrigação profissional e correram até o fim, entregaram-se por completo ao jogo», disse.

O treinador avaliou a utilização do médio Eduardo no lugar de Tiquinho Soares, que cumpriu suspensão. «O Eduardo trabalhou comigo no FC Porto e conheço-o há muitos anos. É um jogador que estrategicamente entende muito bem o que se pede e ajusta-se. Se é igual ao Tiquinho? Não, o Tiquinho é mais forte para guardar a bola», avaliou.

Luís Castro falou ainda sobre os casos de racismo no futebol e aproveitou para uma reflexão mais alargada: «Enquanto houver violência doméstica, criminalidade, fome, crianças agredidas e maltratadas, racismo, e uma única pessoa a fazer isso no mundo, a nossa consciência jamais poderá estar descansada. É uma batalha para os líderes mundiais, governos, sociedade, para todos. Tem sido uma batalha perdida porque infelizmente o ser humano não entende o que é ser humano. Então, a falta de respeito pelo outro, pelo próximo, manifesta-se de diversas formas e infelizmente tem chegado ao desporto e deixa-nos envergonhados e preocupados. Um abraço a todos os que se sentem marginalizados no dia a dia na sociedade em cada segundo da sua vida.»