Gavi (Barcelona), Haaland (Man. City) e Vini Jr. (Real Madrid) são apenas alguns dos infortunados na última semana; FIFA e UEFA já aprovaram redução de jogos internacionais
Não há memória de tamanha razia de lesões entre as principais estrelas do futebol mundial numa só paragem para os compromissos de seleções, as famosas datas FIFA, tantas vezes contestadas por treinadores e jogadores nos últimos anos.
Contas feitas, desde o final da passada semana, ascende já a duas dezenas o número de jogadores que se lesionaram durante partidas ao serviço dos respetivos países, destacando-se nomes como Erling Haaland (Noruega e Manchester City). Gavi (Espanha e Barcelona) ou Vinicius Jr. (Brasil e Real Madrid). O vírus FIFA volta a atacar e, desta vez, como uma força nunca vista. E pouco interessa a idade ou forma física: afeta todos!
A lista de caídos em pleno combate desde o passado dia 15 é extensa e não pára de aumentar. E, além dos três já mencionados, incluiu outros craques, alguns deles do lote dos melhores do mundo.
Queixas maiores terão Real Madrid, Barcelona e Manchester United. No caso dos merengues, além de Vini Jr., que por conta de rotura no ligamento lateral externo do joelho só volta em 2024, também o francês Camavinga se lesionou prevendo-se igualmente que regresse apenas no próximo ano. Quanto ao rival catalão, adversário do FC Porto na Champions, é especialmente grave a situação do espanhol Gavi, que deixou o duelo com a Geórgia em lágrimas, e ficará alguns meses de fora, juntando-se ao guarda-redes alemão Ter Stegen que deixou o estágio da Mannschaft com fortes dores nas costas e está em risco para o duelo com os dragões.
Médio lesionou-se no encontro entre Espanha e Geórgia. Em comunicado, o Barcelona revelou que o jogador sofreu uma «rutura do ligamento cruzado anterior do joelho direito» e uma «lesão associada ao menisco»
No caso dos red devils, a semana ficou marcada pelas quedas do inglês Marcus Rashford, do guarda-redes camaronês André Onana e dos dinamarqueses Hojlund e Eriksen.
Voltando à seleção francesa, também Zaire-Emery (PSG) se lesionou, e regressando à de Espanha, destaca-se o infortúnio de Oyarzabal, da Real Sociedad. Mas há mais atletas com lesões sofridas nesta última semana em duelos das respetivas equipas nacionais, como o argentino Lucas Ocampos (Sevilha), o inglês Jared Bowen (West Ham), os italianos Bastoni (Inter), Vicario (guarda-redes do Tottenham) e Miretti (Juventus), o norte-americano McKennie (também da vecchia signora), o kosovar Muriqi (Maiorca) e ainda o guardião mexicano Guillermo Ochoa (Salernitana), que deslocou o ombro.
O tema não é novo. Arrasta-se, aliás, há décadas e a verdade é que FIFA e UEFA já tinham aprovado novas medidas ainda antes da atual ronda de compromissos internacionais, mas que só serão aplicadas na próxima fase de apuramento, a do Mundial-2026, com início previsto para setembro de 2025 e na qual os grupos serão mais pequenos e, portanto, com menos jogos. No total, na Europa, formar-se-ão 12 grupos de quatro (seis jogos) ou cinco equipas (oito).
A proposta de modificar as fases de qualificação da zona europeia foi discutida pela primeira vez pela UEFA em janeiro de 2023. Em junho, o formato e a fórmula delineada foram apresentados oficialmente à FIFA, que os aceitou.