9 agosto 2024, 22:57
Vencer era o único remédio para acabar com o drama (crónica)
O Sporting ansiava pela hora em que começasse o primeiro jogo do campeonato para o vencer e para, enfim, poder esquecer a Supertaça e seguir em frente
Conferência de imprensa do treinador dos leões após o apito final do jogo frente ao Rio Ave
Rúben Amorim mostrou-se satisfeito na conferência de imprensa após a vitória do Sporting por 3-1 contra o Rio Ave. Lamentou o golo sofrido ao cair do pano e comentou a utilização de Geny Catamo na esquerda e Quenda na direita, bem como os índices físicos de Gyokeres e o único reforço para o ataque que interessa aos leões neste momento.
— Quão importante foi começar a Liga com uma vitória?
— Era muito importante vencer devido ao contexto, é sempre importante começar bem. Pela forma como jogámos para vencer o jogo, que foi muito importante, pois libertámos o jogo do Rio Ave, fomos fortes na pressão, tivemos qualidade com a bola. O Rio Ave jogou com uma linha subida, podíamos ter feito melhor. Jogo completo, onde fica a pequena sensação de sofrer um golo quando devíamos ter marcados mais. É algo que é difícil no fim do jogo, com uma vitória muito convincente, fica a pequena sensação de que podemos ser melhores nestes pequenos detalhes.
9 agosto 2024, 22:57
O Sporting ansiava pela hora em que começasse o primeiro jogo do campeonato para o vencer e para, enfim, poder esquecer a Supertaça e seguir em frente
— Sobre esse golo, o que fazer para melhorar? Pode explicar porque escolheu Diomande em vez de Debast?
— Sabíamos que no último jogo particular do Rio Ave jogou Clayton e assumimos que ia jogar contra nós. É muito forte de cabeça, o Diomande é o nosso central mais forte de cabeça, faz um pouco o papel do Coates no jogo aéreo. É muito forte a receber a bola, mais do que no espaço, muito forte no contacto e, como íamos fazer pressão alta, as características encaixam melhor com o Diomande.
Em relação ao golo, podíamos ter feito melhor. São os princípios do jogo, podíamos fazer uma linha melhor, Diomande estava a voltar para a posição. Quando há uma pressão mais alta a linha não está tão certa e acontecem estes problemas. A bola vai muito para o corredor, temos um guarda-redes que temos de confiar para não sermos batidos com o movimento do avançado, o Diomande tem de ir à segunda bola e tentar não sofrer golos. Não quero ser duro com eles numa semana tão difícil. Ganhámos bem, jogo de qualidade.
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— Ainda sobre Debast, ontem falou em manter confiança nos reforços, não é difícil para um reforço gerir esta situação? Quanto a Quenda, olha para este jovem como reforço extra?
— Mesmo com a melhoria que temos tido ao longo dos anos em que conseguimos segurar, reforçar e temos tido essa capacidade de ir melhorando aos poucos, temos estas benções, como Inácio e Quenda. Precisávamos de um jogador parecido ao Geny para aquela posição e surgiu o Quenda, é caso para dizer que saiu melhor que a encomenda. Vimos jogadores para aquela posição e não trocava por nenhum. O Quenda apareceu e resolveu um problema. É claramente jogador para fazer aquela posição. Em relação ao Debast tenho atenção a estes momentos, já fui jogador e sei explicar estas situações. Expliquei-lhe, eles olham para o historial do Sporting e sabem que os centrais estão sempre a mudar. Vai ser assim durante o ano. Temos tantos jogos, de acordo com as caraterísticas do adversário, mudamos os centrais. Não é sobre confiança, é o aspeto tático e técnico que ele já sabe porque já nos acompanha há muito tempo.
— Foi mais que uma vitória pela importância do contexto?
— Penso que sim, não só para a equipa, mas para toda a gente do Sporting. Tínhamos de começar bem e com confiança. Sem dúvidas da nossa pressão, forma de jogar, contra um Rio Ave que penso que não perdia há 12 jogos na Liga. É mais que uma vitória e, depois da pior semana que tivemos aqui, era importante vencer e vencer desta forma.
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— Falou de Debast que não perdeu a confiança, podemos depreender que na próxima semana o Debast pode ser titular e o Diomande pode ir para o banco, por exemplo? Em relação ao Gyokeres, pode fazer uma avaliação da exibição dele? Agarrou-se ao joelho operado várias vezes.
— Acho que foi só cansaço. Está com dificuldade em apanhar o andamento que tinha, fazer os mesmos sprints, carregar as mesmas vezes. Vi uma exibição muito boa do Viktor, sofre muitas faltas, segura a bola, empurra a equipa para a frente, está cheio de fome, é notório que quer marcar golos contra toda a gente. Acho que é impossível e não quero tirar isso dele.
— Não era melhor tirá-lo do campo com esse cansaço?
— Pelo contrário, é deixá-lo. Se houvesse mais 20 minutos, ficava lá a sofrer. Tem é de ganhar capacidade física para jogar. Há jogadores que para ganhar ritmo têm de jogar. Ele é um desses casos, foi a nossa avaliação.
Em relação a Debast, pode ser titular, como Reis, podem todos. Foi uma semana longa, muitos treinos, podem todos ganhar o lugar ali. Jogou o Debast antes porque achei que treinou melhor que o Diomande e porque o estilo do FC Porto dava mais para o Debast. Poderão jogar agora Diomande e Debast ao mesmo tempo, têm de esperar.
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— Sente que Diomande é quem tem mais potencial para ser o novo Coates, novo patrão na defesa?
Tem características diferentes, não há ninguém em Portugal como o Coates no jogo aéreo. Teríamos mais dificuldades para fazer esta marcação homem a homem, às vezes temos de fazer adaptações para a posição. Temos de jogar com as características que temos, crescer para a frente e não para trás. Em todos os cruzamentos para o Clayton, o Dioamande estava lá. Inácio também é bom de cabeça, mas o Diomande tem essas características. Em termos de liderança, não é de um dia para o outro, é todos juntos e vamos ter de esperar.
— Geny e Quenda ao mesmo tempo em campo trazem muita velocidade para as alas. O desafio é fazer isto de forma constante, independentemente do adversário?
— Jogámos assim com o FC Porto e não foi por isso que perdemos. Temos desenvolvido equipa para jogar assim, principalmente em pressão alta, eles são rápidos e entendem o jogo. Não sei o que vou fazer na Champions ou no campeonato, é de jogo para jogo. Geny, esquerdino na direita, é diferente, tudo o que fazia tem de fazer ao contrário. Ainda bem que falaram do Geny, assim acelera o Nuno Santos que nos está a ouvir, acelera e volta mais rápido. Reis também pode jogar, se quisermos um lateral a jogar mais baixo para construir. Temos um plantel mais completo, com vários jogadores para fazer essas posições.
— Geny é opção de recurso nesta fase ou é para repetir? Referiu reforços, que irá fazer até o impossível para ter reforços no ataque, fará um investimento alto, nunca feito, ou dependerá do equilibro de vendas?
— Investimentos é com o Hugo Viana, eu estou completamente fora dessa situação. Procuramos alguém para o ataque, alguém muito específico, basicamente é só um neste momento e, portanto, a parte financeira ultrapassa-me completamente. Hugo Viana e o presidente dizem que conseguiram ou não, de resto, eu só tenho de treinar a equipa.
O Geny tem mais espaço na esquerda, do outro lado consegue ir para dentro e para fora e ser mais perigoso. Não diria que é solução de recurso, é mais uma que descobrimos. Teve dificuldades em fazer muitos jogos seguidos a época passada, o Quenda veio apertar com ele. O Geny é mais perigoso no outro lado, mas tem feito ume excelente trabalho.