Sporting-Rio Ave, 3-1 Pote tirou do chapéu um leão com fome de golos (destaques)

Pedro Gonçalves bisou e saiu depois de Gyokeres fazer o 3-0. A história estava contada, houve demasiado Sporting para um Rio Ave que só reagiu perto do final da partida

5 Kovacevic – A excelente atmosfera em Alvalade manteve-o acordado naquela 1.ª parte de sentido único em que o Rio Ave nem por uma vez levou perigo à baliza do sérvio. Apenas uma intervenção, segura, a sair bem a um cruzamento, para depois sofrer um golo onde pouco ou nada podia fazer.

6 Eduardo Quaresma – Onde antes se via nervos, agora vê-se nervo, muito critério e uma lucidez que, aos 22 anos, o pode lançar para uma temporada de absoluta afirmação. Muito seguro a sair com a bola e também a dar-lhe destino correto em cortes mais arriscados. Tentou o golo do meio da rua quando encontrou espaço (53). No golo do Rio Ave ainda tentou estorvar Clayton, sem sucesso.

5 Diomande – De regresso ao onze, para o lugar de Debast, titular na Supertaça, o costa-marfinense teve na cabeça a primeira oportunidade dos leões (4). Por vezes dá-lhe certos apagões que só se explicam pelo relativo relaxamento que o Rio Ave lhe proporcionou, mas no geral fez uma extraordinária triagem do perigo… até Clayton lhe estragar a noite e marcar um belo golo.

6 Gonçalo Inácio – Sem referência fixa para marcar, deu o apoio que se esperava a Diomande para acalmar alguns ímpetos de Clayton. Catamo filtrou bem o pouco perigo que o Rio Ave criou pela esquerda e, nesse sentido, o trio de defesa dos leões manteve excecional coesão, só ferida pelo lance de Clayton.

7 Quenda – Fabuloso o passe em profundidade a convocar a fuga de Gyokeres no primeiro golo. O miúdo de 17 anos é destemido, exibe uma maturidade excecional e a defender também é um leão. Fechou muito bem o lado difreito a Tiago Morais, mas procurou sempre olhar para a frente e num remate cruzado levou perigo à baliza vila-condense (43).

7 Hjulmand – O gestor de tráfego dos leões sinalizou os melhores caminhos para fazer fluir o jogo da equipa, obstruindo o avanço do adversário em cortes cirúrgicos. O Rio Ave nunca conseguiu encaixar a extraordinária capacidade do dinamarquês de roubar bolas e entregá-las perfeitas quer para Guokeres quer para Pote.

7 Morita – O japonês quase foi feliz, mas ao remate colocado junto do primeiro poste respondeu Jhonatan com uma defesa felina (18). Seria o 2-0 numa fase de domínio asfixiante do Sporting e um prémio merecido para a militância de uma formiguinha que anda por todo o lado, sempre atento às necessidades de equilíbrios.

6 Geny Catamo – Um jogo sem casos, com uma referência por vezes atrevida (Ole), mas sem capacidade de tomar decisões corretas numa equipa sem um elemento verdadeiramente agregador. Perante este quadro, Geny esteve solto pelo seu corredor, num diálogo profícuo com o meio-campo que gerou muitos ataques.

7 Trincão – A envolver-se nos processos simplificados de ataque do Sporting, nunca caiu na tentação de procurar duelos individuais, preferindo expor-se aos passes de Quenda para escapar da marcação. Num movimento para dentro, procurou o remate, a bola resvalou num adversário e caiu na esfera de interesse de Gyokeres que, claro, com o instinto habitual não perdoou e fez o 3-0. Pouco depois, remate limpo para defesa atenta de Jhonatan (67).

8 Gyokeres – O golo que tanto procurou surgiu quase de um acaso, a bola chutada por Trincão saiu prensada, mas perfeita para o pé maroto do sueco, que a desviou de Jhonatan. Podia ter bisado aos 73’, mas golos fáceis não é com ele. Escapou bem nas costas da defesa para assistir Pote no primeiro golo. Aos 42’, rodeado de três adversários, ainda conseguiu ganhar um canto e assim que a 2.ª parte começou, num cruzamento, a bola bateu na trave depois de desviar num dos adversários. Intenso, criou forte erosão na defesa do Rio Ave.

 5 Mateus Fernandes – Mais uns minutos para ganhar confiança.

4 Matheus Reis – Sem apontamentos de monta, entrou um pouco a frio.

4 Marcus Edwards –  Furou aos 80’, mas hesitou entre rematar e cruzar e o lance morreu nos pés de um defesa.

5 Daniel Bragança – Encheu o pé aos 89’, cheio de fé, a bola ia no caminho certo, mas levou o efeito errado.

5 Rodrigo Ribeiro – Na compensação, surgiu isolado na direita para um remate cruzado, a bola foi-lhe devolvida pelo poste esquerdo da baliza de Jhonatan.