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23 maio 2024, 18:29
«Rúben Amorim foi muito importante na renovação com o Sporting»
Eduardo Quaresma quer ficar «por muitos anos» no clube e tem objetivo a curto prazo: «Quero ganhar a Taça de Portugal!»
Eduardo Quaresma, o menino extrovertido que deixou o Fabril e rumou aos leões com apenas oito anos
Sporting: o menino extrovertido que se tornou num caso sério
Avisos (em forma de ultimato) de Rúben Amorim tiveram efeitos práticos em Eduardo Quaresma. Iniciou uma época como titular ao lado de Gonçalo Inácio (parceiro de sempre na formação) pela primeira vez na carreira. Dupla é bandeira da Academia numa história que se cruza mais de 12 anos depois
Eduardo Quaresma chegou mais cedo a Alvalade. Na longínqua época 2011/2012 quando somava apenas 9 anos. Apesar da tenra idade é contratado com o estatuto de craque do Fabril Barreiro. Hoje, 13 anos volvidos sobre essa primeira etapa, é um dos valores emergentes da equipa principal, no clube onde viveu e cresceu quase toda a carreira, com dois títulos nacionais.
Gonçalo Inácio, por sua vez, foi contratado um ano mais tarde. Em 2012/2013, também a um emblema da margem Sul do Tejo: Almada AC. Tem a mesma idade que Eduardo Quaresma, 22 anos (completa 23 no dia 25) e teve entrada direta para o escalão de infantis. O talento evidenciado pelo esquerdo, aliado à sua robustez, despertaram a atenção desde o primeiro dia.
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Eduardo Quaresma e Gonçalo Inácio cresceram juntos na Academia. Em várias ocasiões formando dupla no eixo defensivo, outras vezes como concorrentes na posição (com Inácio a ser desviado para o corredor esquerdo...), muitas vivências que foram reforçando a cumplicidade ao longo dos anos. Adquirida não só nas camadas jovens das seleções, mas também nos muitos festejos das conquistas na formação dos leões. Essa ligação, quase umbilical de leão ao peito, nunca se perdeu. Curiosamente, ao contrário do que se passa atualmente, com diferentes expetativas: se Gonçalo Inácio hoje é um indiscutível, capitão, internacional português, durante o processo formativo era Eduardo Quaresma quem estava sempre um passo à frente. Era dos nomes mais sonantes no que respeitava ao potencial de talento da Academia, titular indiscutível em quase todos os escalões (chegou a colocar Gonçalo Inácio na sombra em vários momentos), até acabaria por chegar à equipa principal mais cedo — pelas mãos de Rúben Amorim em 2019/2020 — mas foi ultrapassado por Gonçalo Inácio que, num ápice, chegou, viu e… venceu. Com uma afirmação plena, logo na época de estreia, em 2020/2021, num percurso sempre ascendente.
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Eduardo Quaresma, que, a determinado momento parecia arredado de continuar a acompanhar o seu parceiro de sempre na formação, com alguns empréstimos mal sucedidos, ao Tondela e aos alemães do Hoffenheim, regressou revigorado e empenhado em retomar um caminho que parecia irremediavelmente perdido na equipa principal dos leões.
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RÚBEN AMORIM FOI DECISIVO
Carlos Pereira, um treinador de 75 anos com muitos anos de ligação à formação leonina, em conversa com A BOLA, não ficou surpreendido com este rejuvenescimento e destacou o passo importante que foi dado no crescimento de Eduardo Quaresma que, na estreia da Liga com o Rio Ave, entrou com estatuto de titular, relegando para o banco, por exemplo, Debast.
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O Quaresma, que é muito mais extrovertido, foi um pouco mais juvenil nos objetivos do que o Inácio. Na forma de estar, de pensar… Brincou um bocadinho, entre aspas, no bom sentido, com as oportunidades que lhe foram dadas. E, por isso mesmo, fez-lhe muito bem ir sobretudo para o Tondela de forma a perceber o que é muito bom e o que não é tão bom…
«O Quaresma, que é muito mais extrovertido, foi um pouco mais juvenil nos objetivos do que o Inácio. Na forma de estar, de pensar… Brincou um bocadinho, entre aspas, no bom sentido, com as oportunidades que lhe foram dadas. E, por isso mesmo, fez-lhe muito bem ir sobretudo para o Tondela de forma a perceber o que é muito bom e o que não é tão bom… por vezes é muito importante que estes jogadores tenham a vivência das duas partes. E depois, não há dúvida que existe aqui um trabalho fantástico também de Rúben Amorim no acompanhamento estabelecendo-lhe barreiras muito sérias para ter um crescimento fantástico», começou por dizer o experiente técnico, que não ficou surpreendido com a afirmação de uma dupla que se estreou num arranque de época com estatuto de titular.
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«São miúdos com muitos anos de Sporting, jogadores que o departamento técnico foi sempre acompanhando, perspetivando, com os indicadores que iam dando, que iriam ser jogadores de equipa principal. Nada me surpreende esta evolução, quer de um quer de outro, porque era um caminho que vinha sendo traçado da parte do futebol juvenil de uma forma equilibrada», disse, terminando com mais uma certeza: o processo de crescimento não ficará por aqui...
«Estamos na presença de dois promissores jogadores, que já são certezas, com as exibições que têm feito, de uma forma muito credível, o Gonçalo Inácio já internacional, enfim, são dois miúdos que ainda vão evoluir e tiveram uma base de crescimento que foi muito bem acompanhada. Acreditou-se que eram dois expoentes e a qualidade está à vista. Não vão ficar por aqui.»
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BANDEIRAS DA FORMAÇÃO
Eduardo Quaresma, juntamente com Gonçalo Inácio, são duas bandeiras da formação leonina. Dos que têm mais anos de Sporting. Numa equipa com um ADN Alcochete bem vincado como ficou traduzido no jogo de estreia na Liga. Além desta dupla de centrais, também Geny Catamo e Geovany Quenda estavam no onze. A esses, durante a partida, ainda se juntaram Rodrigo Ribeiro, Daniel Bragança e Mateus Fernandes. Porém, olhando para o estatuto atual, a dupla de centrais é aquela que se apresenta com mais condições para ser das peças mais utilizadas da temporada.
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