Arvid De Koster treinou o central belga nas escolinhas do Anderlecht e revela o que mais o impressionou no defesa-central do Sporting. Elogia as suas qualidades e considera que Debast regressará com naturalidade ao onze dos leões
Embora a reviravolta do FC Porto contra o Sporting na Supertaça (3-4) tenha começado com um erro de Debast, Rúben Amorim garantiu, na conferência de imprensa após o apito final, que os leões contrataram «um craque» e que «não o trocava por nenhum central do mundo». Não obstante, na jornada inaugural da Liga, contra o Rio Ave (vitória por 3-1), o defesa-central belga começou no banco, em detrimento de Diomande, e de lá não saiu durante os 90 minutos.
A BOLA falou com Arvid De Koster, treinador de Debast nas escolinhas do Anderlecht, para perceber se o reforço do Sporting tem capacidade para dar a volta à situação.
4 agosto 2024, 00:19
Rúben Amorim, visivelmente marcado pela derrota, abordou vários temas, com destaque para os elogios a Debast e a surpresa pela capacidade física de Gyokeres
Para Arvid, será apenas uma questão de tempo até o defesa de 1,91m voltar ao onze inicial. «A única coisa que ele precisa é de se adaptar ao novo ambiente, ao novo contexto. Ele tem a mentalidade necessária e as coisas vão acontecer naturalmente. Vai mostrar a sua qualidade de forma natural e voltar ao onze», disse o treinador.
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O técnico, que recebeu Debast com apenas sete anos na formação do clube de Bruxelas, revela que desde miúdo que dava para perceber que «era uma criança com muita vontade de aprender, que aprendia rápido» e que era já «tecnicamente evoluído e com grande potencial técnico para ser de topo».
 "Zeno Debast, jogador mais à esquerda, numa partida pelas escolinhas do Anderlecht. Foto: D.R.")
 "Arvid De Koster à esquerda, com um jovem Debast que havia acabado de vencer o prémio de melhor jogador do torneio. Foto: D.R.")
 "Arvid De Koster, treinador da equipa, à direita, e Debast duas posições à sua esquerda, na fila de cima. Foto: D.R.")
Caracteriza o reforço dos leões, a quarta contratação mais cara da história do clube (€15,5M) — apenas atrás de Viktor Gyokeres (€20M), Morten Hjulmand (€18M) e Paulinho (€16M) — como «introvertido fora do campo, mas extrovertido no relvado».
Como disse antes, ele vê coisas no campo que outros não veem. Ele apenas continuará a fazer o que faz de melhor e, se assim for, regressará com naturalidade ao onze.
E elabora: «No Anderlecht tínhamos alguns miúdos franceses e outros neerlandeses, e vários já lá estavam desde os seis anos. Ele chegou à equipa com sete e era um rapaz novo no grupo, quando os restantes já se conheciam bem. Mas dentro do campo, era um líder… muita qualidade técnica e tática, via coisas no relvado que os outros não conseguiam ver. Fora do campo era um pouco introvertido, porque não falava muito inicialmente, mas dentro do campo era extrovertido e mostrava-o através das suas qualidades. Tomava sempre a iniciativa, era um jogador que queria bater os livres, tentava marcar de longa distância, tentava driblar os adversários.»
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De Koster sublinha que o jovem defesa é «psicologicamente forte» e que «quando se sente bem e está num ambiente confortável, terá a confiança para dar a volta à situação, não sentirá a pressão». Alerta, ainda assim, que «quando as coisas não estão a correr bem à equipa, ele sozinho não consegue contrariar a situação».
No entanto, reforça a plena confiança que tem na capacidade de Debast para voltar a conquistar um lugar no onze leonino: «Tecnicamente, ele tem tudo para estar no mesmo nível que os outros ou até acima. Como disse antes, ele vê coisas no campo que outros não veem. Ele apenas continuará a fazer o que faz de melhor e, se assim for, regressará com naturalidade ao onze. Ele não precisa de ‘lutar’, apenas tem de ser paciente, confiar no processo e o tempo mostrará que o Sporting tomou a decisão certa em contratá-lo e ele tomou a decisão certa em ir para o Sporting.»
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