Gyokeres, indiretas, Pote e as palavras de Schmidt: tudo o que disse Rúben Amorim
Rúben Amorim, treinador do Sporting (IMAGO)
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Gyokeres, indiretas, Pote e as palavras de Schmidt: tudo o que disse Rúben Amorim

NACIONAL29.10.202318:09

Treinador do Sporting fez a antevisão ao duelo com o Boavista

Rúben Amorim fez, este domingo, a antevisão ao jogo com o Boavista, agendado para as 20.15 horas de segunda-feira, a contar para a nona jornada da Liga. Recorde tudo o que disse.

Jogo na Polónia exigente. Como está a equipa. Partida no Bessa depois do empate do Benfica:

- Não diria que [o empate do Benfica] é uma motivação extra. Temos de ganhar os nossos jogos. Ainda é cedo para estarmos a fazer contas. Condicionámos o nosso campeonato no início. Vamos vencer o nosso jogo para manter a nossa posição. Neste momento não estamos em primeiro e queremos recuperar a nossa posição. Jogámos ao quarto dia [depois do jogo com o Raków]. Temos de estar prontos, somos uma equipa grande e temos de estar prontos. Foi um jogo com menos um, o campo vai estar difícil. Mais um jogo difícil. Estamos preparados. Os jogadores já estão recuperados.

Na época passada, o Sporting perdeu no Bessa. Quem vai ser o guarda-redes com o Boavista:

- Desta vez não vou dizer quem vai jogar. É uma gestão normal. O Franco cresceu muito no ano passado. A escolha para estes dois jogos estava feita. Estava pré-estabelecido. O terceiro íamos ver de acordo com o rendimento. Têm características diferentes. Jogam com pés diferentes. Sabemos o que queremos fazer. Coloca-nos dúvidas a forma como o Boavista se tem apresentado, grande caráter, jogava com três centrais e agora tem uma identidade própria. Equipa dinâmica e sem pressão. Estádio e ambiente difíceis. É uma equipa forte e estamos preparados.

Há dérbi com o Benfica daqui a duas semanas. Comentário às palavras de Roger Schmidt:

- Não ouvi as declarações e não sei o tom. Depois o treinador disse que estava  a ser irónico. O dérbi é daqui a duas semanas, se não ganharmos a Boavista e Estrela não estaremos em primeiro lugar, mas o aliciante é o mesmo. Queremos recuperar a nossa posição e ganhar o jogo, tal como quereríamos fazer se o Benfica tivesse ganho. Há muito campeonato ainda, é muito cedo, nós queremos seguir em frente com as nossas dinâmicas de vitória.

Que conclusões tira da semana e do empate com o Raków:

- Jogos diferente e depois de uma expulsão não podemos fazer comparação nenhuma. Não é a primeira vez que ficámos condicionados. No fim podemos ganhar ou perder. Jogar em condições que não estamos à espera, com expulsões, torna-se frustrante, ainda para mais, quando já é recorrente. Houve coisas positivas. Já é a segunda vez que, com dez, marcámos golos. Sofremos, não aguentámos até ao fim. Há pontos positivos e negativos, mas não podemos retirar quase nada de um jogo onde estivemos reduzidos a dez. Vamos ver quais são os melhores jogadores, quem se apresenta melhor fisicamente e que caraterísticas tem, para enfrentar o Boavista sem pensar no jogo passado.

Benfica alegadamente recusou Gyokeres em janeiro:

- Vi duas propostas da Premier League, porque o Hugo [Viana] e o empresário dele mostraram-nos. O Hugo Viana fez um excelente trabalho e apostámos no Viktor, que deu certo. Também já apostámos noutros que não deram certo. Não temos mais nem menos olho do que outros. Acertámos no avançado, isso é claro pelo rendimento que tem tido, mas não interessa quem o recusou. Estou muito feliz pela excelente contratação, quando combatíamos com clubes que tinham muito mais dinheiro do que nós. 

Indireta a rivais?

- Acho que fui esclarecido. Sinto-me refletido no clube que represento. Não mando indiretas para ninguém, seria muito pouco inteligente. Mandar recados para alguém só ajuda a atiçar os adversários. Tivemos aqui todas as semanas a dizer que tínhamos feito um mau planeamento, que escolhemos mal a equipa e os jogadores, que não mexemos bem e, quanto a mim, foi uma atitude bastante positiva que tivemos quanto ao outro ano. O Sporting está com um posicionamento bom. Também disse que não somos perfeitos, que cometemos alguns erros, que ainda nos queixamos das arbitragens fora deste espaço. Temos um passo a dar, mas acho que estamos no caminho certo. Se estou a dizer que os outros têm uma atitude negativa? Não estou, estou apenas a falar de nós. Não arranjar bodes expiatórios para aqui e para acolá. Nós não somos perfeitos. Também cometemos muitos erros.

Roberto Martínez disse que Pote é o jogador «com mais azar» na Seleção Nacional:

- É verdade. Temos gerações onde há mais jogadores. Fui jogador mais fraco que o Pote… Tive a sorte de fazer mais posições e a verdade é que a nossa geração não era tão forte. Quero que sinta que não são apenas os números que o levam à Seleção. Ainda pode subir de forma. Estou a metê-lo no máximo de posições. Acho que é simpático e uma forma aberta de falar. O Pote pode melhorar, tem de correr muito. É difícil nesta geração. O mesmo para o Nuno Santos e Paulinho, é muito difícil, tiveram azar na geração. Tivessem nascido mais cedo, como eu.