18 setembro 2024, 07:50
A revisão de estatutos no Benfica explicada por Gustavo Silva
Ex-diretor jurídico do Benfica escreve na Tribuna Livre, um espaço de opinião de A BOLA aberto ao exterior
Assembleia Geral Extraordinária começa às 9.30 horas e não tem hora para acabar. Portas abrem às 8.30 horas. Nenhum outro assunto será discutido
Os sócios do Benfica reúnem-se hoje em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir os novos estatutos. A reunião magna está agendada para as 9.30 horas, no pavilhão número 1 da Luz, e as portas abrem 60 minutos antes, mas verificando-se grande afluência irá realizar-se no estádio. Será votada a proposta de revisão produzida em conjunto pela Direção, elementos da comissão de revisão de estatutos e movimento Servir o Benfica.
18 setembro 2024, 07:50
Ex-diretor jurídico do Benfica escreve na Tribuna Livre, um espaço de opinião de A BOLA aberto ao exterior
O processo de revisão de estatutos, promessa eleitoral de Rui Costa, foi iniciado há mais de um ano com a nomeação de uma comissão técnica. Esta produziu documento recebido e, mais tarde, alterado pela Direção. O prazo para a discussão dos estatutos acabou, porém, por ser alargado e a Mesa da Assembleia Geral, entretanto, promoveu reuniões, com membros da comissão e do movimento Servir o Benfica até se chegar a um documento consensual.
A convocatória para a AGE tem a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1 – Discussão e votação na generalidade da proposta global de revisão dos estatutos apresentada pela Direção do Benfica.
Ponto 2 – Discussão e votação das propostas apresentadas na especialidade admitidas.
Ponto 3 – Votação final global das alterações aos Estatutos nos termos da proposta de metodologia aprovada.
21 setembro 2024, 08:00
O como é bastante importante nesta fase e o ambiente que se viverá pode ser determinante, também, para o futuro futebolístico da equipa de Bruno Lage.
Em relação aos últimos estatutos, cuja última revisão foi feita em 2010, sem grande participação dos sócios, a proposta que será hoje votada promove alterações importantes.
Haverá, desde logo, a limitação de três mandatos consecutivos para os presidentes da Direção, Assembleia Geral e Comissão de Remunerações.
Os órgãos sociais passam a ser remunerados e será, como tal, criada a Comissão de Remunerações, composta por cinco sócios, com qualificação e experiência para definir remunerações da Direção e restantes órgãos sociais. «A partir do momento em que é eleita não pode ser demitida», esclareceu, a meio de agosto, o vice-presidente Jaime Antunes.
Existirá um teto para despesas com remunerações de 0,5 por cento da faturação do Grupo Benfica. «Há um limite para evitar situações de irracionalidade», explicou Jaime Antunes.
Quem for remunerado numa sociedade com participação do clube não pode ser remunerado na Direção. Quem for remunerado na Direção não pode ser remunerado numa sociedade.
16 setembro 2024, 21:00
Realiza-se sábado no pavilhão número 1 ou num espaço com capacidade para mais sócios; portas abrem às 8.30 horas; votação de braço no ar nos dois primeiros pontos e voto físico em urna do terceiro; sem tempo limite
A comissão de remunerações estará representada nas empresas participadas.
Os sócios passam a aprovar, para lá das contas do clube, as contas consolidadas do grupo. A Assembleia Geral terá a obrigatoriedade de aprovar o regulamento de ética e boas práticas. O novo regulamento eleitoral, que terá de ser aprovado em AG, prevê voto físico em urna a não ser que as listas concorrentes aceitem, por unanimidade, o voto eletrónico. Os estatutos, para ser aprovados, precisam de três quartos de votos dos sócios presentes, nas votações inicial, global, intermédias na especialidade e final global. A primeira e a segunda votações serão feitas de braço no ar; a última será através de «voto físico, em urna». E não haverá lugar à discussão de outras questões, como sublinhou o vice-presidente da Mesa da AG, José Pereira da Costa, segunda-feira, na BTV.
Os sócios terão acesso a todas as propostas apresentadas na especialidade, daí que, segundo José Pereira da Costa, se trate de um processo com «alguma complexidade». «Queremos que os sócios tenham uma oportunidade real de discussão e aproveitem o espaço e o tempo que lhe for conferido por direito próprio para o exercerem», assinalou o dirigente.
O movimento Servir o Benfica sublinhou que a« proposta resultante do consenso não é a ideal», mas foi «a possível dadas as circunstâncias», acreditando que representa «uma evolução significativa em relação aos estatutos atuais». «Estes avanços são passos importantes rumo a um Benfica mais democrático, moderno e transparente», rematou em comunicado publicado na terça-feira.