Seabra defronta o amigo Álvaro: «Vamos dar um abraço antes e no final, mas vamos competir»
O treinador Vasco Seabra dá indicações no decorrer de um jogo do Estoril Praia pela Liga de futebol. Foto: Atlantico Press/Imago.
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Seabra defronta o amigo Álvaro: «Vamos dar um abraço antes e no final, mas vamos competir»

NACIONAL01.03.202415:00

Embate entre Estoril e Vitória de Guimarães coloca em confronto o anterior e o atual treinador dos 'canarinhos'. São amigos de longa data, mas Vasco Seabra apenas aponta para a vitória na partida

O Estoril ataca a 24.ª jornada da Liga sem grande margem para falhar: ocupa uma posição pouco aconselhável na classificação -  ocupa o 13.º lugar, em igualdade pontual com o Portimonense, que ocupa o 16.º posto.

Os canarinhos procurarão, por isso, evitar cair nesse lugar, de disputa de um play-off de manutenção, e procuram pôr termo a um período de três jogos consecutivos sem vencer e Vasco Seabra deu a receita. Na antevisão à receção ao Vitória de Guimarães, agendada para este sábado, o treinador estorilista coloca duas das vertentes em plano de igualdade.

«Mais do que analisar apenas a vertente tática do jogo, devemos tentar observar a componente emocional, o que acontece no jogo, para que algumas incidências possam acontecer», projeta o técnico.

«Desta forma, é um jogo para mantermos o foco nessa regularidade, no que podemos explorar e no que temos naturalmente de ter cuidados», acrescentou Vasco Seabra, que enfrentará um curioso duelo nos dois bancos de suplentes, nos quais estarão o anterior treinador do Estoril e o atual responsável pelos canarinhos, que mantêm uma relação pública de amizade e já cumpriram estágios e viagens em conjunto.

Vasco Seabra e Álvaro Pacheco, treinadores de Estoril e Vitória de Guimarães respetivamente, numa visita às instalações do Grêmio Anápolis, do Brasil. Foto: D.R.

Vasco Seabra não considera que Álvaro Pacheco esteja em vantagem por ter sido responsável pela construção do plantel que atualmente comanda, mostrando-se feliz por reencontrar um amigo e determinado em derrotá-lo.

«Não vejo por aí (ndr: eventual vantagem para Álvaro Pacheco). Eu e o Álvaro temos uma amizade longa, já é conhecido, mas aquilo em que nos centramos é que vamos dar um abraço antes e no final do jogo, mas durante os 90 minutos vamos competir e nesse período não vamos olhar para o banco adversário», assegurou, competitivo, menos de uma semana depois de o Estoril ter desperdiçado a possibilidade de vencer em Vizela com um golo sofrido nos instantes finais, numa bola parada, Vasco Seabra rejeitou dramatizar a situação, na qual considera até existir evolução.

«Temos dados estatísticos que apontam o número de bolas que ganhamos em cada bola parada por jogo e curiosamente os últimos cinco jogos foram os jogos em que concedemos menos em termos de bolas perdidas e têm sido os jogos em que temos sofrido golos», constatou o técnico, com sensações ambíguas.

O treinador do Estoril aponta, por fim, que a bola parada defensiva deve ser encarada com a mesma determinação de cada momento do jogo - se tal acontecer, garante o técnico, a tendência será que o insucesso diminua e a equipa deixe de sofrer golos neste aspeto em particular. «Temos de ser ainda mais capazes, eficientes e eficazes e esse momento de frustração é também aquele que tem de nos dar maior revolta, de que cada momento de bola parada seja igual a cada momento do jogo». afirmou, confiante.