«Schjelderup será ainda melhor no Benfica»

Cato Hansen já enviou mensagens a Schjelderup e falou com o pai do avançado. Em outubro, treinador e amigo tinha revelado que o jovem sentia que o tempo dele chegaria

«Talvez [risos]. Seria bom se tivesse», respondeu Cato Hansen depois de questionado por A BOLA sobre se tinha dotes de adivinho. Em outubro,tinha sugerido, em conversa com o nosso jornal, que Andreas Schjelderup estava pronto para afirmar-se no Benfica e que seria questão de tempo, desde que as oportunidades surgissem. Surgiram e o resto é história.

Cato Hansen, 52 anos, é treinador da equipa feminina do Bodo/Glimt. E amigo próximo do avançado norueguês. Esteve em Portugal em setembro, assistiu a um jogo do Benfica. E Schjelderup treina-se com ele sempre que volta à Noruega. Quando recebeu a chamada de A BOLA já sabia ao que ia.

«Estou muito feliz por ele. O trabalho duro e a paciência estão a compensar. Esta é a vida de um profissional de futebol. Precisa sempre se estar preparado, física e mentalmente, para aproveitar as oportunidades. O que fez nos últimos três jogos foi muito bom, fantástico. Estou feliz por ele», começou por dizer Cato Hansen.

Cato Hansen, treinador da equipa feminina do Bodo/Glimt, é amigo de Schjelderup

Quando conversou com A BOLA ainda não tinha falado com Schjelderup. «Só lhe mandei mensagens a dar os parabéns pelos golos [a Sporting e Farense]. Mas falei com o pai. Está feliz, claro, todos aqui estamos felizes, só queremos que ele tenha sucesso», prosseguiu o treinador, que explica esta ascensão de Schjelderup, dois anos depois de ser contratado.

Cato Hansen acredita que o melhor está para vir, afinal «é sempre mais fácil quando se joga mais vezes, a confiança constrói-se com minutos e golos».

«Este início dele está a ser muito positivo. Tem muito potencial, que aparecerá. Com mais jogos será ainda melhor. É jovem, está a aprender e a adaptar-se à medida que joga. Vai progredir e perceber como usar as melhores qualidades a um nível diferente», argumentou o treinador.

Cato Hansen sublinha a importância dos golos e boas exibições para «ganhar a confiança do treinador e dos companheiros», para que estes «percebam porque foi contratado».

Os dois golos, muito parecidos, são «jogada de marca» de Schjelderup. «Fazia muito isso na Noruega e na Dinamarca», atesta o treinador.