Rui Borges (V. Guimarães): «Estou num clube em que o ADN é ganhar»
Rui Borges a dar indicações durante a partida da nona jornada da Liga (Foto: FILIPE AMORIM/LUSA)

V. Guimarães-M. Boleslav, 2-1 Rui Borges (V. Guimarães): «Estou num clube em que o ADN é ganhar»

NACIONAL07.11.202423:19

Treinador dos conquistadores sublinhou o bom jogo da sua equipa e já aponta a mais triunfos; também deu uma palavra de elogio para a estreia do central espanhol Oscar Rivas

Rui Borges, treinador do V. Guimarães, referiu que a sua equipa controlou bem o adversário, mas que podia ter sido mais agressiva na primeira parte, dizendo ainda que a entrada na segunda parte foi bem melhor; técnico promoveu a estreia de Oscar Rivas e deixou elogios ao central espanhol, referindo ainda que o recorde de nove triunfos consecutivos só faz sentido se se traduzir em conquistas.

Que análise faz a esta partida, em que a entrada na segunda parte foi o melhor período?

- Não foi uma primeira parte expectante, apanhamos uma equipa em bloco baixo, em que procuramos passes para as costas e remates de longe, devíamos ter vasculado mais de um flanco para o outro. Mas, estivemos muito bem a controlar o adversário. Não fomos tão agressivos no último terço. Na segunda parte, entramos muito melhor, mais agressivos, até aos 60 minutos fizemos um jogo bom, mas depois de sofrermos o 1-2 não conseguimos lidar com isso e temos de melhorar esse aspeto. Falhamos alguns passes e eles saíram com qualidade, com bons jogadores que saíram bem para o ataque. São uma equipa de qualidade, mais uma na Liga Conferência, como mostram os resultados de outras equipas. Podíamos ter estado mais tranquilos, apenas foi intranquilo por culpa nossa. As equipas também se vêm nestes momentos em que estamos todos juntos.

Sente que a equipa relaxou com o 0-2?

- Podíamos ter feito mais golos, tal como já aconteceu em mais jogos nesta competição, mas falharam porque estavam lá. Depois tivemos algumas má abordagens, pois a este nível não podemos sofrer golos como este. Tínhamos de ser mais audazes, partindo mais vezes para cima do adversário. Não vamos jogar os 90 minutos em cima do adversário. Se sofrermos os jogos todos e os ganharmos todos, fico satisfeito. Faltou sermos mais maduros e alguma matreirice. Estava homem a homem lá trás e não provocamos o erro do adversário.

Um comentário ao recorde de nove triunfos e como viu alguns adeptos impacientes com situação que já sucedeu noutros jogos?

- O meu argumento é que as equipas são competitivas. Com o Boavista sofremos dois golos de lances de bola parada. O Boavista foi ganhar ao Gil Vicente. Não tenho palavras para os jogadores, pois têm sido fantásticos, estas nove vitórias consecutivas são mérito deles. São adeptos de um grande clube e são exigentes e têm de exigir sempre, sendo que lido bem com isso.

Estreia do Oscar Rivas, o que pode dar a esta equipa?

- Temos muitos jogos, o Oscar [Rivas] fez um grande jogo Mereceu a oportunidade, foi importante para ele, também por ser em casa. Jogou junto aos três defesas com mais minutos. Tem tido um crescimento contínuo, jogava numa linha de três, nos escalões inferiores de Espanha e há sempre uma adaptação. Trabalha bem, como todos os outros. Fico contente, pois foi uma estreia feliz. É um miúdo focado que esperou pela oportunidade e teve-a.

Nove pontos são, segundo estudos, suficientes para atingir o playoff, isso deixa-o com maior tranquilidade para o próximo ciclo?

- Stressado na mesma, porque quero ganhar. Estou num clube em que o ADN é ganhar, está no nome vitória e conquistadores. O importante é chegar ao fim e conquistar coisas, pois ganhar já ganharam muitos treinadores. Chegar aos nove pontos é muito bom, pois permite-nos estar praticamente no play-off. Agora queremos ter 12, mas é preciso trabalhar muito e saber que vamos passar dificuldades, tal como aconteceu hoje.