Pedro Gonçalves serve de modelo para o médio desejado. Perfil identificado. Alternativa será a Morita, mas com semelhanças a... outro jogador. A BOLA dá a conhecer o que os leões procuram no mercado
O perfil está definido, os valores da operação financeira também, resta, então, avançar para os alvos que se encontram identificados há alguns meses. Não restam dúvidas: o Sporting está firme no mercado na intenção da contratação de um médio para atacar todos os objetivos na segunda metade da época, a partir de janeiro. Com muitas certezas, até porque o histórico de transferências na era Rúben Amorim nos leões, salvo raras exceções, é pautada pela escolha criteriosa, minuciosa até, na triagem e nas características idealizadas das caras novas. Tendo como ponto de partida, sobretudo, a chegada de reforços que não necessitem de uma longa adaptação às ideias e ao modelo de jogo da equipa.
Os nomes nas listas de candidatos a potenciais reforços permanecem em segredo, pois ainda não houve um avanço formal para negociações, mas existem muitas notas, que A BOLA dá agora a conhecer, do tipo de reforço que Rúben Amorim pretende para 2024. Desde logo, com um ponto bem vincado nas necessidades: trata-se de um jogador que não será (apenas) um acrescento ao plantel. Ou seja, noutras palavras, não será visto só como uma alternativa a Morita que, recorde-se, está fora das contas em janeiro devido à participação na Taça Asiática.
Rúben Amorim deseja um jogador que possa discutir verdadeiramente a posição com Morita quando este regressar. Para aumentar a competitividade e gerir a condição física do nipónico, que, convém lembrar, algumas vezes é obrigado a gerir o esforço. A intenção, passa, assim, por tentar canalizar todo o investimento num jogador com condições para ser aposta… imediata.
Este o ponto prévio. Depois, claro está, o perfil e as características idealizadas. E aqui também existem muitas certezas. E até uma espécie de modelo de jogador desejado. Falamos de um jogador de posição 8, forte na condução, eficaz na decisão, de boa chegada à área adversária, com alargado raio de ação nas zonas mais adiantadas. Ou seja, um jogador com semelhanças idênticas às que Pedro Gonçalves desempenha sempre que é chamado para recuar no terreno para uma zona mais central.
Augusto Inácio, em conversa com A BOLA, concorda com a entrada de mais uma opção para o miolo, para ser alternativa a Morita, mas lembra, também, a necessidade para uma outra solução para a posição 6
Sem sucessor desde… Matheus Nunes
As características de Pedro Gonçalves, uma das peças mais influentes do reinado de Rúben Amorim em Alvalade, servem, assim, de base para o reforço que chegará em janeiro. Um desejo que, de resto, não surgiu agora. Basta recuar à saída de Matheus Nunes, um jogador que deixou saudades e que nunca teve um sucessor com afirmação plena. Rúben Amorim, face a essa saída algo inesperada, já com a temporada a decorrer, ficou órfão de uma das peças de maior rendimento nesse setor e todas as experiências após o internacional português acabaram por não vingar.
Desde Sotiris Alexandropoulos, médio grego contratado ao Panathinaikos, que teve passagem fugaz, complementada com apenas 14 jogos e um empréstimo ao Olympiakos, passando por Mateo Tanlongo, internacional argentino sub-20 (deixou os leões com 134 minutos somados na Liga e rumou por empréstimo esta época ao Copenhaga), a equipa continua órfã de uma solução que dê totais garantias numa zona fulcral do terreno.
Elevar a fasquia com forte investimento
Esse investimento tem sido, porém, adiado por outras necessidades mais prementes como aconteceu esta temporada com contratações que envolveram montantes mais elevados do que no passado recente. Falamos de Gyokeres (€20M+4 ) e Fresneda (€9+2 em objetivos) e Morten Hjulmand, um médio também, mas mais posicional, que custou €18 milhões. Três peças consideradas fundamentais e que congelaram a chegada de mais um elemento para o centro do terreno. O momento, esse, chegou agora. O Sporting colocou este processo no topo da mesa e há muito que se encontra em campo, a estudar o mercado e a avaliar soluções. Dentro e fora de portas.
O tempo urge e janeiro está aí à porta. Os contatos intensificam-se e, com os leões a discutirem todas as frentes, não há espaço para esperar ou... errar. Essa, também, uma das razões para a disponibilidade e abertura da SAD em oferecer uma aposta de peso, com crédito reconhecido, ao treinador Rúben Amorim. Não só para ser uma alternativa a Morita durante a ausência deste na entrada do ano, mas, sobretudo, para oferecer maior competitividade e concorrência ao nipónico para o futuro...