Sporting-Amarante, 6-0 Seja com Ruben Amorim ou João Pereira, leão continua insaciável!

NACIONAL22.11.202423:09

Estreia do novo treinador teve direito a goleada frente ao Amarante (6-0). Era adversário do terceiro escalão, sim senhor, mas a 'fome' continua lá...

Estavam 36 074 pessoas nas bancadas do Estádio José Alvalade, mas os olhos de todos, de jornalistas a comentadores, de sportinguistas a fãs de outro clube qualquer, estavam em muito concentrados num só homem: João Pedro da Silva Pereira, 40 anos, substituto de Ruben Amorim no Sporting e estreante como treinador ao mais alto nível. Os leões, neste século, tinham feito o mesmo com Paulo Bento e Ricardo Sá Pinto. O FC Porto fizera-o com Vítor Pereira e Vítor Bruno e o Benfica com José Mourinho e Bruno Lage. Aposta em treinadores com zero jogos em escalões principais.

Não seria este, decerto, o momento ideal para João Pereira (ou qualquer outro treinador) entrar no Sporting campeão nacional, líder isolado do campeonato, com elevada probabilidade de se qualificar para os quartos de final da Liga dos Campeões sem passar pelo play-off e ainda com nada menos de 56 golos marcados nos 18 jogos de 2024/2025. É quase como quem entra, por exemplo, no mercado de ações. É preferível entrar em alta ou em baixa? A resposta é óbvia: em baixa.

É o que é. O novo treinador dos leões, tal como se previa, dado que era um jogo em casa e com o Amarante (teoricamente muito mais frágil), introduziu muitas mudanças no onze relativamente ao último jogo do Sporting (em Braga para a Liga, 4-2). Sem os lesionados Debast e Pedro Gonçalves, deu descanso a Israel, Diomande (fora da ficha de jogo), Quenda, Maxi Araújo e Gyokeres e meteu Kovacevic, St. Juste, Gonçalo Inácio, Esgaio, Fresneda, Edwards e Harder.

A verdade é que não se notaram grandes diferenças no Sporting, como era de esperar, a não ser o posicionamento muito mais adiantado de Daniel Bragança, que apareceu a jogar 10 metros à frente de Hjulmand e bem perto de Harder. Os leões despacharam bem cedo a questão da passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal, com os golos de Edwards (10’), Esgaio (15) e Harder (28’).

Houve seis festejos assim em Alvalade (Miguel Nunes)

Extremo inglês, lateral português e avançado dinamarquês marcavam os golos, mas quem dava nas vistas eram dois esquerdinos: Bragança e Trincão. O primeiro jogava como um vagabundo, pela direita, pela esquerda, pelo meio, com nada menos de três assistências (1-0, 2-0 e 4-0); o segundo, quase sempre sobre a esquerda, a fazer a cabeça em água aos defesa e médios amarantinos. A fechar os 45 minutos, Edwards fez o 4-0. Quase tudo fechado, portanto.

… menos o onze do Sporting. Logo ao intervalo, João Pereira fez duas trocas: St. Juste por Quenda e Hjulmand por Morita. Esgaio passava a terceiro defesa, ao lado de Gonçalo Inácio e Matheus Reis. E o jogo continuou a fluir numa só direção: a baliza de Didi. O Amarante tentava defender o melhor que podia e, aqui e ali, apostava em contra-ataques.

Após um período em que o jogo leonino foi mais calmo, Trincão tabelou com Harder e, à entrada da área, fez o 5-0. Logo a seguir, entraram João Simões, Henrique Arreiol e Viktor Gyokeres, o monstro que seduz a Europa dos clubes ricos. Daí para a frente, o interesse do jogo, para lá das estreias dos jovens e João Simões e Henrique Arreiol, centrava-se nos números que o resultado poderia atingir e se Gyokeres marcaria mais algum.

Jogão de Francisco Trincão (Miguel Nunes)

Já depois de enviar duas bolas ao poste esquerdo, na sequência de livres diretos, o sueco marcou, de grande penalidade, ao minuto 89. O sexto do Sporting (goleada da época) e o 33.º (!!) do avançado sueco. Bela estreia para João Pereira, embora frente a um adversário do terceiro escalão. Grande mês de novembro para os leões, com nada menos de 19 golos: 5-1 ao Estrela da Amadora, 4-2 ao SC Braga, 4-1 ao Manchester City e 6-0 ao Amarante!

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