29 agosto 2024, 00:42
Tudo sobre o novo formato da Liga dos Campeões
Com série de perguntas e respostas, A BOLA explica o que vai mudar a partir da época 2024/2025
Segundo diretor de desenvolvimento estratégico de competições, 8 pontos, em média, serão suficientes. Outras simulações apontam para 9
O novo formato da Liga dos Campeões promete um apuramento decidido até ao último dia, seguramente com a diferença de golos a determinar várias posições finais. Ser 12.º ou 13.º tem peso nos prémios finais, mas o mais relevante é a fronteira entre o 8.º (que dá acesso direto aos oitavos de final) e o 9.º (que já obriga a ir ao play-off) e entre o 24.º (último lugar no play-off) e o 25.º (que deixa as provas europeias). E segundo cálculos de Stéphane Anselmo, diretor de desenvolvimento estratégico de competições da UEFA, o último classificado para o play-off (ou seja, o 24.º da fase de liga) deverá precisar em média de apenas oito pontos, embora outras simulações independentes ponham a fasquia nos nove – e a garantia de não ser eliminado nos 11 pontos. Para evitar o play-off e aceder diretamente aos oitavos de final, ou seja, para terminar nos oito primeiros, 15 pontos chegarão, em média, e 17 pontos garantem-no em 99 por cento dos casos.
Com uma classificação única, a UEFA mudou os critérios de desempate para definir as posições finais na fase de liga. O confronto direto deixa de contar e usam-se, por ordem: melhor diferença de golos; maior número de golos marcados; maior número de golos marcados fora de casa; maior número de vitórias; maior número de vitórias fora; maior número total de pontos dos adversários defrontados; melhor diferença de golos dos adversários defrontados; maior número de golos marcados dos adversários defrontados; melhor registo disciplinar (amarelo vale um ponto e vermelho três); melhor ranking da UEFA.
29 agosto 2024, 00:42
Com série de perguntas e respostas, A BOLA explica o que vai mudar a partir da época 2024/2025
O bolo para os participantes na Champions a partir da fase de liga passa de 2032 milhões de euros para 2467. A entrada nesta primeira fase rende de imediato 18,620 milhões de euros, contra 15,640 no ciclo de três anos anterior. Os prémios por vitória (de 2,8 para 2,1 milhões) e por empate (de 930 mil para 700 mil euros) diminuem, mas passa a haver bónus pela classificação final: o clube que termine no 36.º lugar receberá 275 mil euros, o 35.º receberá 275 mil euros vezes 2, ou 550 mil, e cada lugar acima na classificação vai valendo 275 mil euros adicionais, até aos 9,9 milhões de euros para o 1.º. Há ainda bónus adicionais para quem termine entre o 1.º e o 8.º lugar (2 milhões) e entre o 9.º e o 16.º (1 milhão).
29 agosto 2024, 00:43
UEFA vai distribuir mais 600 milhões de euros pelos clubes. Maiores prémios de presença e de resultados, mas valores por vitória e empate descem. Revolução nas verbas de televisão
Já os valores que eram distribuídos pelo coeficiente a dez anos e pelo market pool passam a ter distribuição totalmente diferente, numa categoria que a UEFA definiu como pilar valor. Perceba aqui o que isso vai implicar para os clubes portugueses.
O sorteio desta quinta-feira vai determinar quem joga com quem, mas não quando. Os calendários apenas serão divulgados no sábado, para serem acertados com os da Liga Europa e da Liga Conferência. Mas já há datas para as oito jornadas. Com o novo formato, a UEFA teve de encontrar semanas para as duas rondas adicionais em relação ao que existia na antiga fase de grupos e escolheu as duas últimas semanas de janeiro. Os jogos mantêm-se às terças e quartas-feiras, com duas exceções: a jornada 1 será entre 17 e 19 de setembro (terça a quinta, numa semana reservada para a Champions); e a jornada 8 a 29 de janeiro, uma quarta-feira, com todos os jogos à mesma hora. Tirando nessa última ronda, haverá dois jogos por dia às 17.45 horas e os restantes às 20.
29 agosto 2024, 08:10
34 adversários possíveis: só não podem defrontar-se
Para além dum sorteio completamente diferente, a própria gala da UEFA terá outras alterações. O prémio da UEFA para melhor jogador na Europa, que era atribuído em parceria com a ESM (European Sports Magazines), da qual A BOLA faz parte, desapareceu. A UEFA decidiu associar-se à France Football para a entrega da Bola de Ouro, mas não conseguiu passar a cerimónia para o Mónaco — terá lugar a 28 de outubro, em Paris.
Para dar notoriedade à gala desta quinta-feira, a UEFA decidiu então homenagear Cristiano Ronaldo, entregando-lhe prémio especial por ser o melhor marcador de sempre da Liga dos Campeões, «em honra do seu legado incrível na mais prestigiada competição do mundo», explicou o organismo que rege o futebol europeu. Ronaldo fez 140 golos na Liga dos Campeões em 183 jogos (excluindo pré-eliminatórias), durante 19 temporadas, numa prova que venceu cinco vezes. Tem mais 11 golos que Messi e mais 46 que Lewandowski. Foi sete vezes o melhor marcador, tem o recorde de golos em jogos consecutivos (11) e é o único jogador a marcar em três finais. O português receberá o prémio das mãos de Aleksander Ceferin, presidente da UEFA. «Cristiano Ronaldo é uma das estrelas mais brilhantes na constelação da Liga dos Campeões. Os feitos extraordinários na competição parecem destinados a resistir ao teste do tempo», justificou Ceferin, que entregará o Prémio Presidente ao antigo guarda-redes italiano Gianluigi Buffon.