Polícia neerlandesa investiga 45 pessoas por violência em torno do Ajax-Maccabi

Cenas de pancadaria ocorreram entre os adeptos das duas equipas e motivaram acusações de antissemitismo; mais de 100 agentes policias envolvidos na investigação

A Polícia neerlandesa anunciou, este domingo, que identificou 45 suspeitos na sequência dos violentos confrontos que ocorreram antes e depois do jogo da Liga Europa entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, no passado dia sete de novembro.

«A investigação criminal está em pleno andamento. Identificar, localizar e deter os suspeitos é um trabalho intensivo. A diligência é fundamental e só os factos contam. Escusado será dizer, mas penso que é bom sublinhar que estamos a analisar todos os crimes que foram cometidos no período que antecedeu o jogo e no seu rescaldo. Independentemente de quem foi o autor ou a vítima», disse o chefe da polícia, Janny Knol, em comunicado.

Foi também dito que o número de suspeitos deverá aumentar em breve, graças «em parte, à análise de um grande número de imagens». A Polícia informou também que a grande equipa de investigação «inclui peritos no domínio do ativismo, do extremismo e da radicalização».

Dos confrontos às acusações

Segundo a polícia neerlandesa, as tensões em torno do jogo entre Ajax e Maccabi começaram quando adeptos israelitas incendiaram uma bandeira da Palestina em Amesterdão e destruíram um táxi. Depois do jogo é que se deram a maioria dos confrontos violentos, que resultaram em vários feridos – cinco adeptos do Maccabi foram hospitalizados – e na mobilização de 800 polícias.

Como tal, surgiram acusações de antissemitismo por parte das autoridades neerlandesas e israelitas, assim como reações do Governo de Portugal, de António Guterres, secretário-geral da ONU, e o ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.