Investigada alegada violência policial contra pró-palestinianos em Amesterdão

Manifestação ocorreu após incidentes com adeptos do Maccabi TelAviv nos Países Baixos

As autoridades neerlandesas revelaram esta quinta-feira que foi aberta uma investigação sobre a alegada violência policial contra pró-palestinianos em Amesterdão, na sequência de uma manifestação levada a cabo na capital dos Países Baixos e que terminou com 281 detenções.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram membros da polícia de choque a gritar com elementos que participavam no protesto, além de outros agentes das forças de segurança a agredirem manifestantes com recurso a cassetetes, de acordo com a AFP, que acrescenta que os participantes detidos foram mais tarde libertados nos arredores da cidade.

A manifestação que reuniu centenas de pessoas foi permitida na condição de realizar-se na artéria de Westergasterrein, dada a proibição de ajuntamentos no centro da cidade, medida decretada na sequência dos incidentes que envolveram adeptos israelitas do Maccabi TelAviv na semana passada, após embate com o Ajax.

«Estão a circular vídeos nas redes sociais que mostram membros da unidade móvel (polícia de choque) a agir contra manifestantes que acabam de ser retirados de um autocarro», indicou em comunicado a polícia neerlandesa, acrescentando: «Estes manifestantes foram transportados para o local depois de terem sido detidos na Praça Dam por terem violado a ordem de emergência.»

«Está em curso uma investigação para apurar a razão exata das ações da unidade móvel neste fragmento de vídeo específico», indica a mesma nota.

Os incidentes surgem na sequência de agressões a adeptos israelitas do Maccabi TelAviv na madrugada de 8 de novembro, agressões essas que terão acontecido após alegados cânticos contra árabes por parte de adeptos do emblema israelita, assim como queima de uma bandeira da Palestina, segundo a Al Jazeera e o The Guardian.