«Os nossos adeptos são especiais e exigentes e vamos lutar juntos» - Tudo o que disse Schmidt
Roger Schmidt, treinador do Benfica (Foto: Miguel Nunes)

«Os nossos adeptos são especiais e exigentes e vamos lutar juntos» - Tudo o que disse Schmidt

NACIONAL17.04.202419:18

O treinador do Benfica mostrou atitude na antevisão do jogo em casa do Marselha desta quinta-feira, da 2.ª mão dos quartos de final da Liga Europa

- O que a equipa precisa de fazer para alcançar as meias-finais da Liga Europa?
- Temos de jogar um jogo muito bom, claro que é diferente, cada jogo é único; ganhámos a primeira mão, fizemos um jogo muito bom mas infelizmente concedemos um golo, mas ganhámos e agora este jogo é exigente também porque jogamos no estádio deles. É diferente, mas faz parte da fase a eliminar e temos de jogar dois bons jogos para conseguir a qualificação e claro que a qualidade dos adversários nos quartos de final desta competição é sempre de top, vimos isso na primeira mão, temos de jogar um jogo guerreiro, temos de acreditar em nós próprios, temos de respeitar a qualidade do Marselha e, claro, se estivermos bem acreditamos que temos uma boa chance de seguir para as meias finais.

- Como é importante para o Benfica marcar um golo?
- Claro que sabemos se não sofrermos nenhum estaremos nas meias-finais, é uma vantagem que trazemos da primeira mão, mas não é o nosso estilo chegar aqui e apenas defender, não é o nosso objetivo, penso que sermos guerreiros, acreditarmos em nós e fazermos um bom jogo e para isso temos também de jogar um jogo muito tático, claro que temos sempre qualidade para marcarmos golos e tentaremos isso neste jogo, mas nunca sabemos... temos de estar preparados para a história do jogo para o que acontecer... nos dois jogos anteriores jogamos bem e não sofremos golos, talvez seja também possível neste golo, talvez não e assim temos de marcar golos, mas esse é sempre um dos nossos objetivos no campo, ter um bom equilíbrio ofensivo e sermos compactos.

- Sente a equipa com os sentimentos certos para enfrentar esta equipa e neste estádio?
- Claro, esta atmosfera é complicada mas não é a primeira vez que jogamos em ambientes destes, estou aqui há dois anos e quando olho para os jogos vejo que jogámos de forma brava e este é também o objetivo para este. Quando olho para os nossos últimos jogos, penso que os jogadores estiveram sempre muito bem e que jogámos um bom futebol e no último jogo de domingo [com o Moreirense] foi bom para nós porque mudámos muitos jogadores e mesmo assim dominámos e ganhámos o jogo, então uns jogadores descansaram, outros tiveram mas minutos, era o que pretendíamos porque para esre jogo precisaremos de todos eles.

- Pode ser a primeira vez que alcança como treinador uma fase destas numa competição europeia, como vê essa chance?
- Sinceramente só penso na nossa equipa, no nosso clube e como é importante para o Benfica. Já é sempre um desafio chegar aos quartos de final, mas chegar às meias-finais é diferente, é apenas mais um passo até à final e isso significa um jogo muito, muito grande no final da época, é o nosso sonho, todos juntos como equipa, temos vários jovens jogadores, também experientes e penso que nos últimos jogos da competição mostrámos que temos a qualidade para chegar a esta fase agora é connosco confirmar o bom futebol e mentalidade e tudo é possível.

- Este é um bom jogo para jogar em contra-ataque ou vai querer controlar o jogo?
- Precisaremos de tudo. Não somos uma equipa que só defenda e espere por contra-ataques, não é o nosso estilo, precisam de ter boas fases com posse de bola, mostrar a nossa qualidade nesse momento, mesmo que eles tentem ser mais agressivos do que no nosso estádio, e isso foi algo de que falámos, vão usar a vantagem de jogarem casa, vão querer desafiar-nos tendo também posse de bola e nós teremos de encontrar boas soluções. Temos de ser guerreiros. Algumas vezes estaremos seguramente sob pressão e vamos ter de defender à volta da nossa área, mas temos qualidade para sermos bons nas transições, é algo que já mostrámos ao longo da época, somos velozes no campo, o que precisamos é de fazer um jogo muito equilibrado e depois também depende dos momentos do jogo, quem marca e em que fase.

- Kokçu vai jogar? Este é o jogo do ano para os jogadores?
- Não vou dizer o onze, o Orkun Kokçu está em boa forma, mostrou isso no domingo... no futebol quanto mais longe chegas, maior é a ambição, claro que este é um grande jogo e compete-nos estarmos completamete focados e não olhar já para a frente.

- Que apoio dos portugueses espera em Marselha?
- Já fiz um comentário sobre este tema no final do jogo da semana passada, não é importante... os nossos adeptos vão apoiar-nos da melhor forma, eles por vezes são especiais, é como é, mas penso que podemos sempre contar com eles, são muitos exigentes, e gosto disso, eles também querem que sigamos paras meias-finais e neste jogo vamos lutar juntos para o conseguir.

- Sente alguma intimidação pelo ambiente do Velódrome?
- Claro que é uma vantagem jogar em casa, mas já jogámos em Toulouse, em Glasgow, em Milão, San Sebastián, para nós não é uma novidade, claro que sabemos que é uma grande atmosfera para a equipa da casa, mas somos capazes de estar apenas focados no jogo. É importante o que acontece no campo, não o que acontece na bancada. Temos de mostar que sabemos lidar com esta atmosfera, manter a calma e foco, é um desafio também para mostrarmos mentalidade a este nível