Os destaques do Benfica: David Neres deu música para todos dançarem
David Neres foi o melhor em campo no jogo entre Benfica e Vizela. Foto: D. R.

Os destaques do Benfica: David Neres deu música para todos dançarem

NACIONAL18.02.202421:25

Há 114 dias que o avançado brasileiro não era titular e mostrou porque os adeptos gostam tanto dele: marcou dois golos e ofereceu outros dois; Rafa só jogou 45 minutos e foi diabólico

MELHOR EM CAMPO - David Neres (nota 8)

Aí está mais um reforço do Benfica, já em forma depois da lesão no joelho esquerdo. Passou 114 dias para voltar à titularidade, só demorou 16 minutos, quando marcou à segunda tentativa, para mostrar porque dele gostam tanto os benfiquistas. Neres começou aí a dar música, assistiu com um cruzamento Otamendi no 2-0, voltou a marcar no 4-0 num disparo de primeira depois de serviço de Rafa. Deu música a toda a gente na primeira parte, na segunda jogou atrás do avançado, mais escondido do jogo, mas ainda encontrou forma de convidar o compatriota Marcos Leonardo para a festa, oferecendo-lhe o sexto golo. Saiu aos 89’ para o merecido aplauso.

TRUBIN (6) — Foi espectador na primeira parte e entrou em cena para borrar a pintura na segunda, oferecendo o golo ao Vizela. Recebeu a bola de Otamendi, chutou contra Matheus Pereira e depois não evitou o golo de Essende. Tem crédito na Luz e o público aplaudiu-o. Não mais tremeu quando voltou a ser chamado a intervir com os pés. Defendeu depois um penálti, voando para a esquerda, e voltou a impedir que Essende marcasse aos 83’ com intervenção felina.

BAH (6) — Muito empenhado na pressão a recuperação de bola, cumpriu a missão, embora sem extraordinária influência ofensiva.

TOMÁS ARAÚJO (6)  — Tranquilo na primeira parte, esteve bem na marcação a Essende, foi atrevido e bem-sucedido em dois passes longos e num par de iniciativas de ataque. Na segunda parte, mais intranquilo, cometeu algumas faltas por má abordagem aos lances.

OTAMENDI (7)  — Grande elevação e forte cabeceamento no golo, após centro de Neres. Jogo sem grandes desafios. Nota artística a sair com técnica e classe da pressão de Essende e Awudu (42’). Bom corte de cabeça aos 79’.

MORATO (5)  — Cortou de cabeça, num momento de pressão alta, no lance do primeiro golo, desmarcou bem Tiago Gouveia (57’) nos melhores momentos da exibição, que teve alguns pontos baixos, como o penálti cometido sobre Tomás ou a distração que permitiu Essende ganhar um lance na área e ameaçar Trubin.

JOÃO NEVES (7) — Não começou bem, mas já tem a maturidade para ultrapassar dois maus passes. Quis sempre ter a bola, foi o primeiro a construir o ataque, foi o dínamo da manobra ofensiva e a máquina trituradora a defender. Aos 45+4’ e 54’, dois grandes passes para Tengstedt. Saiu aos 66’ para descansar.

JOÃO MÁRIO (6) — Segundo homem na construção de ataque, dos pés dele a bola saiu sempre redondinha e encontrou quase sempre o destinatário. Como pensa muito o jogo, algumas vezes mete água na fervura do entusiasmo. Boa combinação ofensiva com Bah aos 33’.

RAFA (8)  — Forte na pressão à saída de bola do adversário (o primeiro golo nasce do erro que provocou ao guarda-redes) , desta vez, para lá do perigo quando teve a bola e espaço pela frente, decidiu quase sempre bem: isolou Tengstedt (22’) depois de escapar em profundidade, no terceiro golo voltou a isolar o dinamarquês (atirou ao poste antes de Tiago Gouveia marcar), ofereceu o quarto depois de grande arrancada e esperar no momento decisivo pelo movimento de Neres, marcou o quinto após passe de Tengstedt. Diabólico, saiu ao intervalo para descansar.

TIAGO GOUVEIA (6) — Ganhou a bola a Jota no primeiro golo, finalizou com o pé direito no terceiro (30’), após disparo ao poste de Tengstedt e participou no lance do quarto. Entregou-se muito ao jogo, mas também foi muito trapalhão. Aos 54’ e 62’, servido por Neres e Morato, decidiu mal e desaproveitou dois bons lances. Perdas de bola também para corrigir.

TENGSTEDT (6) — Louco na pressão ao adversário e ávido por marcar, criou mas também desperdiçou oportunidades. São dele as assistências para os golos de Neres e Rafa, mas também más finalizações aos 22’, 33’, 45+4’, 54’ e 62’.  Esteve perto de marcar de calcanhar. Esteve muitas vezes perto. No terceiro golo, isolado, atirou ao poste, Tiago Gouveia estava lá para a recarga.

DI MARÍA (5) — Jogou a segunda parte, quase em ritmo de treino, aos 62’ isolou, de trivela, Tengstedt, aos 75’ tentou remate em arco que acabou nas mãos de Buntic.

AURSNES (7) — Prático, eficaz, recuperou a bola e lançou o contra-ataque no lance do último golo da equipa.

MARCOS LEONARDO (7) — Entrou aos 76’, teve uma oportunidade e marcou à entrada da pequena área.

ROLLHEISER (-)  — Entrou aos 89’ e foi jogar atrás de Marcos Leonardo.

ÁLVARO CARRERAS (-) — Entrou aos 89’ e foi jogar à frente de Morato. Participou num ataque.