Tudo o que disse Schmidt: «Faça o que fizer serei sempre criticado»
O treinador do Benfica comentou em conferência de imprensa a vitória (6-1) deste domingo frente ao Vizela, na 22.ª jornada da Liga; falou de Tengstedt de Neres e de João Mário e das «semanas decisivas» que se aproximam
Foi com satisfação que o treinador alemão dos encarnados comentou a vitória frente ao Vizela, olhando, também, para o que isso significa para os difíceis jogos que se aproximam.
— Fizemos um jogo de topo, não apenas na forma como pressionámos, mas de uma forma global, colocámos muita energia no campo, todos os jogadores estiveram sempre envolvidos no comportamento tático, fomos pacientes com bola, soubemos esperar pelo momento certo, tivemos qualidade nas transições, marcámos golos... acho que os jogadores gostaram de jogar este jogo, é como os queremos jogar, com muitas ações no campo e estamos felizes. Foi importante ganhar este jogo, todos são, mas temos um calendário apertado, fizemos algumas alterações na equipa inicial para dar algum descanso a alguns jogadores e dar tempo de jogo a outros. Foi importante aumentar os seus momentos de forma, temos semanas decisivas à nossa espera, por isso este foi um dia top para nós.
— Muitas vezes é criticado pelas suas opções e substituições, que necessidade sentiu para mudar tanto agora?
— Não importa o que faça que serei sempre criticado, sou o treinador do Benfica, é normal. Sei disso e também não é um problema, tenho de tomar as minhas decisões e tratar de ganhar jogos. Neste jogo, e depois do de terça-feira, com tantos jogos em tão pouco tempo, temos de saber dar algum descanso a alguns jogadores e nos treinos vejo que há outros em boa forma e que merecerem a oportunidade de jogarem. Para mim isso é muito bom, tenho diferentes opções e precisamos delas todas nas próximas semanas. Foi bom fazer estas alterações, apesar das mudanças mostrámos um futebol de topo.
— Tengstedt foi titular... como se gere três avançados com esta qualidade? Ter um banco desta qualidade é sonho de um treinador?
— Temos muita qualidade e concorrência em muitas posições. Casper precisava de se adaptar mas quando começou a entrar no onze mostrou ser muito útil e fiável, não é apenas os golos, mas o que se faz no campo do ponto de vista tático. Ele é muito bom nisso, tem feeling para pressionar, nas transições. Fez jogo de topo. A concorrência é boa para todos os jogadores. João Mário também foi fantástico na posição 6, deu equilíbrio ao lado de João Neves, temos várias opções,prefiro ter estes problemas - encontrar os jogadores certos para cada jogo, do que ser ao contrário.
— Dorme na liderança da Liga...
— Para mim não me importa essa situação, só estou feliz por termos ganho este jogo. Faltam muitos jogos. Há concorrência forte no campeonato e estamos focados em nós.
— Para quando Prestianni?
— Hoje foi bónus para ele, tínhamos um lugar vago na convocatória... veio para sentir o estádio e os companheiros, precisa de mais treino, é novo, mas está muito bem. Ele e outros que chegaram precisam de tempo para se adaptarem e ganharem forma. Mas vamos dar-lhes esse tempo, não temos pressão para os colocar na equipa, chegaram a pensar também no futuro.
— Neres é grande reforço para a segunda metade da época?
— Estou muito feliz por ele ter voltado de lesão, vimos neste jogo o que ele consegue fazer quando está em forma. Era o tempo de ser titular e de jogar assim, é muito bom para nós, foi decisivo na época passada e pode ser nesta também. Marcou dois golos, fez duas assistências, mas mais importante é que está motivado e em grande forma.