O plano Morato

Central brasileiro deve manter-se como titular a lateral-esquerdo do Benfica frente ao E. Amadora; continua a ser peça fundamental para Schmidt e futuro passa muito por ele

A chegada de Álvaro Carreras ao Benfica, lateral-esquerdo contratado este mês, e que já se estreou (7 minutos frente ao Estoril, na Taça da Liga), pode finalmente libertar o defesa-central Morato da posição onde tem sido adaptado nos últimos 14 jogos — desde o dérbi frente ao Sporting de 12 de novembro do ano passado (2-1) —, mas a possibilidade mais forte é que o brasileiro continue e ser o titular na esquerda esta segunda-feira, em casa do Estrela da Amadora, para o campeonato. 

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A segurança defensiva e evolução de Morato, aliadas à juventude de Carreras (tem 20 anos) e ao facto de o espanhol ter chegado apenas há dias ao clube, assim aconselham. Será, porém, uma questão de tempo até que Schmidt devolva a posição a um lateral-esquerdo de raiz e volte a contar com Morato enquanto central. 

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É nessa zona que o treinador olha para ele como peça muito importante para o presente e sobretudo para o futuro do Benfica. 

Morato, formado nas águias, e que tem somente 22 anos, é um defesa-central esquerdino, com experiência de clube grande e de Champions (e agora também rotinado como lateral...), características muito procuradas no mercado de transferências. 

No último verão, os ingleses do Fulham e do Nottingham Forest fizeram várias ofertas pelo brasileiro, até aos €30 milhões, mas a SAD recusou todas, em grande parte por determinação de Roger Schmidt. 

O alemão gosta muito de Morato e desde a época de 2022/2023 que lhe garante que o futuro da equipa passará por ele. A afirmação de António Silva e a renovação de Otamendi, até 2025, mudaram um pouco o cenário, mas Morato continua na rampa para ser o próximo central titular, muito provavelmente a partir do próximo verão. 

Se António Silva sair no verão é Morato quem se perfila para fazer dupla com Otamendi

As possibilidades de chegarem propostas fortes para António Silva são muito altas (Chelsea e outros emblemas já sugeriram disponibilidade para ofertas acima dos €60 milhões) e se o português sair o cenário mais lógico será Otamendi voltar a ser o central da direita, em dupla com Morato na esquerda. Nas contas entrará ainda Tomás Araújo, nesta altura quarta opção para central e que tem sido lançado como opção para lateral-direito. 

Naturalmente que ainda falta muito tempo para a nova época, mas há projeções e planos em marcha e Morato — tem contrato até 2027 e cláusula de rescisão de €100 milhões — é um trunfo importantíssimo num setor que pode sofrer alterações fortes.