Destaques do Benfica: Rafa vai deixar saudades
Rafa celebrou à Pizzi, Foto MIGUEL NUNES

Benfica-Arouca, 5-0 Destaques do Benfica: Rafa vai deixar saudades

NACIONAL12.05.202421:43

Dois golos, um deles de sonho, uma assistência e dois penáltis 'desperdiçados'; no jogo do adeus à Luz, esteve bem acompanhado por João Neves, Di María e não só

O melhor em campo: Rafa (9)

Primeira fuga ao minuto 6, primeira tentativa de dourar o seu jogo, atirando ao lado. Ficava o aviso, o primeiro, pois logo a seguir Arruabarrena fez a defesa do jogo e impediu o atacante de fazer o 1-0. A seguir, mudou de papel e serviu João Mário na área, bola no poste, ao minuto 42 chegaria, finalmente, a consagração: recebeu no coração da área, golo, remate tremendo. Veio do intervalo ainda mais refinado e marcou o 4-0, bela jogada individual, ultrapassando dois adversários antes de evitar o guardião. Apanhou Pizzi nos 94 golos pelo Benfica e fez a continência, como o amigo. Já chegava, mas, não satisfeito, ofereceu o 5-0 a Tengstedt. Saiu, foi aplaudido, recebeu aquele abraço de Schmidt. A Luz apagou-se, vai sentir a falta dele.

Trubin (5) — Uma saída da baliza para afastar bola pela linha de fundo, um remate de Trezza bem neutralizado e pouco mais. O ucraniano do Benfica estava a precisar de um jogo destes.

Aursnes (7) — Mostrou preocupação com Sylla na primeira parte e demorou a soltar-se ofensivamente. Apareceu, finalmente, com um passe simples para Rafa, assistência para o 3-0, depois foi o habitual, com bom envolvimento atacante. Ao minuto 49 cruzou tenso na direção de João Mário, que aparecia à boca da baliza, mas a bola ia com tanta força que acertou no colega e foi para longe da baliza. E Sylla, esse, não foi visto.

António Silva (6) — Bom apoio para Aursnes, cobrindo o lado direito da defesa quando o norueguês se aventurava para o ataque.

Otamendi (6) — Sempre em esforço, sempre muito atlético e físico no seu jogo, o que lhe custa uma ou outra falta e, certamente, algumas marcas. De uma forma geral, apresentou bons resultados. Sem Mújica é mais fácil.

Álvaro Carreras (7) — Os primeiros minutos sugeriam partida complicada perante Jason, mas na realidade o espanhol do Benfica venceu o duelo e ainda teve tempo para participar ativamente do ponto de vista ofensivo, contribuindo para o lance que resultaria no penálti do 1-0 e, depois, para o 4-0, entregando a Rafa, para este brilhar. Fez também um bom cruzamento para Rafa e só pecou quando errou bola em zona defensiva. Foi feliz, não houve consequências.

Florentino (5) — Aos 4 minutos já tinha duas bolas perdidas em zona perigosa, também viu um cartão amarelo por entrada fora de tempo, não foi a primeira parte mais feliz do médio do Benfica, que sobressaiu, ainda assim, em lances de natureza defensiva. Esteve, por exemplo, na jogada que conduziu ao penálti do 1-0. Ao minuto 44 acabou por desperdiçar grande oportunidade para marcar, quando não aproveitou bola oferecida por Arruabarrena, erro com os pés. Florentino vinha a correr e, na passada, devolveu a bola ao guardião. Subiria de rendimento no segundo tempo.

João Neves (8) — Que luxo. A passar, a receber, a driblar. Começou por atirar à figura de Arruabarrena , pouco depois ameaçou marcar com valente cabeçada, correspondendo ao primeiro poste a canto bem marcado por Di María. Foi visto a isolar Rafa e a construir e destruir jogos. Como um jogador tão pequeno consegue encher todo o campo.

Di María (8) — Errou por pouco a baliza ao minuto 8, ao minuto 25 fez o 1-0, de penálti, depois de ter oferecido a bola a Rafa e este ter declinado. Inspirado, isolou Kokçu com categoria, no lance em que o médio sofreria penálti. O melhor estava para vir, um chapéu de sonho, mas Rafa, o assistente, estava 37 centímetros adiantado, de acordo com a linha do fora de jogo. Pé esquerdo generoso até sair.

Kokçu (7) — Boas combinações com Rafa logo a abrir, além um penálti bem ganho, depois de escapar em velocidade à marcação do Arouca. Evitou Arruabarrena com qualidade e depois assumiu o disparo final, já sabendo que Rafa não iria, também, bater aquele castigo máximo. Voltaria a tentar a sorte ao minuto 73, desta feita errando por muito. Mas jogou futebol alegre e adulto.

João Mário (7) — Cruzou com força, peso e medida para João Neves ao minuto 7, ao minuto 22 fez um desvio de enorme qualidade, mas a bola, caprichosamente, foi direita ao poste esquerdo, bem devagarinho. Ao minuto 49 esteve uma vez mais perto de marcar, mas o cruzamento de Aursnes foi mais parecido com remate à baliza. Passou depois para o meio campo e continuou a jogar bem.

Morato (5) — Entrou aos 65’ e manteve a defesa bem unida.

Tiago Gouveia (6) — Entrou aos 65’, belo passe a isolar Rollheiser.

Rollheiser (5) — Entrou aos 76’ e entrou bem, cheio de vontade de ter bola, de aplicar o drible, mas em cima do apito final errou a baliza quando ia isolado.

Tengstedt (6) — Entrou aos 76’ e um minuto depois recebia de Rafa, contornava Arruabarrena e fazia o 5-0. Mesmo à ponta de lança.

João Rêgo (5) — Entrou aos 85’, bem a tempo de apresentar-se à plateia. Por duas vezes tentou visar a baliza, como um avançado sedendo de golos. E de estreia em grande.