O mister de A BOLA Antuérpia-FC Porto: Evanilson concretizou tudo
Evanilson foi o homem do jogo em Antuérpia (Foto: IMAGO)
Foto: IMAGO

O mister de A BOLA Antuérpia-FC Porto: Evanilson concretizou tudo

INTERNACIONAL26.10.202313:13

Hugo Falcão destaca preponderância na entrada em jogo do brasileiro contra o campeão belga

Importância europeia

O jogo com o Antuérpia apresentava duas dimensões, uma relacionada com a continuação dos bons resultados europeus, na época presente para o FC Porto, a outra a nível pessoal para Sérgio Conceição, visto ter sido um dos países onde jogou como futebolista profissional e no qual experienciou a primeira época como treinador. O FC Porto apresentou um onze dinâmico, com as alas ativas. Já o Antuérpia cometeu o mesmo erro estratégico que o Shakhtar, assumindo uma pressão alta defensiva, com um método defensivo individual em espaços vitais como zonas interiores médias e a sua profundidade defensiva descoberta. Durante a primeira parte, até foi o Antuérpia que marcou primeiro, contudo, após a entrada de Evanilson , a história dos acontecimentos alterou-se.

Eficácia de Evanilson

Evanilson fez um hat-trick e contribui diretamente para a vitória do FC Porto, não só pelos golos como também pela forma como desenvolveu as suas ações dentro e fora da grande área. De recordar, que Evanilson procurou este momento, nos últimos meses, face às repetidas lesões de que foi alvo. Durante a segunda parte e após estar em vantagem, o Antuérpia deveria ter recuado as suas linhas, numa abordagem mais defensiva e de contenção, de forma a sustentar a provável pressão no reinício da segunda parte. Face à qualidade individual e coletiva dos jogadores do FC Porto, estes tiveram a aptidão para avançar no terreno, ora de forma apoiada com velocidade na circulação da bola ora em construção longa com o avançado a jogar em apoio frontal, ultrapassando as linhas de pressão e tornando o jogo mais fracionado, beneficiando as características individuais de jogadores como Galeno, Pepê e Taremi.

Impacto do resultado

O resultado alcançado aos 70 minutos promoveu algumas alterações, não só para gestão como também para testar o compromisso de alguns jogadores em momentos competitivos de elevado nível. Na Liga dos Campeões é impossível uma equipa ficar relaxada, a intensidade deverá manter-se elevada durante os 90 minutos, isto porque um jogo fica definido nos duelos individuais, e a equipa que por norma ganha mais duelos vence. Outro dos aspetos positivos foi a passagem emergente de André Franco para a ala esquerda (defensiva): não foi espetacular, mas procurou ajudar a equipa num momento que esta precisava, o que traz outros valores a este plantel do FC Porto, coesão grupal e foco nos objetivos imediatos (entenda-se o jogo).

Conclusões

O momento de paragem, durante o intervalo do jogo, é significativamente subvalorizado pelos agentes que envolvem o seio da confrontação competitiva. A preparação e a orientação da informação que se pretende transmitir e pôr em prática é determinante para influenciar positivamente a componente psicológica de uma equipa. Nos nossos dias, a comunidade científica já começa a procurar estudar os experts na área, contudo não será fácil a descrição pormenorizada de tudo o que é feito dentro de quatro paredes, no seio da alta competição. O sigilo é sagrado...