Antigo guardião dos leões, campeão em 2001/2002, fala a A BOLA sobre o atual momento do Sporting e das criticas apontadas ao setor defensivo
— O Sporting tem uma média de um golo por jogo esta época. Onde vê o problema? Nos guarda-redes?
– Uma equipa grande quando sofre demasiados golos é quase sempre um problema que é estrutural. Não é desta ou daquela pessoa. Para a bola chegar à baliza já passou por outros setores. Não há problemas individuais. As alterações, sobretudo naquele trio defensivo e dos dois médios, fazem perder as rotinas que se vão ganhando e tem influência nas dinâmicas que vinham sendo criadas pelos jogadores que jogam com maior frequência. O Sporting sente isso...
– Mas concorda que para uma equipa conseguir ser campeã é necessário corrigir isso...
– Sim… mas mesmo assim acho que as coisas têm vindo a melhorar em termos defensivos. O Sporting parece-me uma equipa bastante consistente no seu jogo. Mas claro que a exposição que o Sporting tem agora, pois é uma equipa que se expõe mais ao jogo, Rúben Amorim até já disse mesmo que lhe dá mais gozo ver jogar na forma como a equipa assume os jogos... isso tem consequências. Mas acho que não pode ser visto como uma preocupação nesta altura.
– Israel foi aposta diante do SC Braga. Gostou do que viu e acredita que pode ser alternativa a Adán?
– Foi o jogo em que Franco Israel foi mais chamado a intervir. Penso que esteve bem. O Sporting precisa de uma alternativa forte ao Adán e, na minha opinião, acho que Rúben Amorim fez muito bem em testar o Israel neste jogo de elevado grau de dificuldade. Nunca sabemos que pode acontecer, um castigo ou uma lesão pode afastar Adán de um momento para o outro e quem for chamado tem obviamente de estar preparado.
Números preocupam e treinador apela aos níveis de concentração. Leão terminou com a folha limpa em apenas nove ocasiões. E ainda muitas dúvidas quanto ao presente e futuro na baliza