«Kovacevic tem muito mais para dar»
Vladan Kovacevic, guarda-redes bósnio de 26 anos, foi contratado no início da época aos polacos do Raków (IMAGO)

«Kovacevic tem muito mais para dar»

Beto Pimparel, antigo guarda-redes do Sporting, falou a A BOLA sobre a questão de quem é (ou deve ser) o atual número 1 da baliza dos leões

Beto Pimparel, antigo guarda-redes do Sporting, conversou com A BOLA sobre a grande dúvida que paira no plantel: quem é o atual dono das redes dos leões: Franco Israel ou Kovacevic?

Sporting: chegou a hora da prova dos nove na baliza

16 outubro 2024, 08:30

Sporting: chegou a hora da prova dos nove na baliza

Franco Israel ou Kovacevic: quem se assume como número 1? Bósnio avança para as redes na Taça de Portugal. Uruguaio sofreu um golos nos seis jogos em que jogou de início. Vem aí ciclo exigente: sete jogos em três semanas

«Cada um deles já teve o seu momento, vamos chamar-lhe de titular. Começou a época o Kovacevic, depois houve alteração, entrou o Franco e tem cumprido, tem tido um rendimento de acordo com as expetativas. É um guarda-redes que se encaixa muito bem no perfil da equipa, na forma de jogar, principalmente com bola, porque depois na parte mais específica de guarda-redes são completamente diferentes. São dois guarda-redes com muito valor, continuo a dizer que o Kovacevic é um belíssimo guarda-redes, que ainda não conseguiu expor no campo todo o seu potencial, tudo aquilo que consegue fazer, seja por questões de confiança ou  adaptação, mas tem muito mais para dar. Mas,  agora, se calhar é o momento do Franco, que se perfila para dar continuidade na baliza do Sporting», começou por dizer.

Os leões têm pela frente um ciclo bastante exigente, com sete jogos em três semanas referentes a quatro competições, nomeadamente Portimonense (Taça de Portugal), Sturm Graz (Liga dos Campeões), Famalicão (Liga), Nacional (Taça da Liga), E. Amadora (Liga), Manchester City (Liga dos Campeões) e SC Braga (Liga) e a competitividade no plantel acaba por ser salutar.

«É bom que os guarda-redes coloquem dúvidas ao treinador, é sinal que existe qualidade porque quando um é demasiado óbvio significa que o outro é muito desnivelado. Agora, tudo também tem a ver com o momento, com os objetivos que o Rúben Amorim tem para os jogos e há uma em que, na minha  opinião, o Amorim é perito, que é a gestão. Tem uma forma de gerir o plantel muito positiva, manter toda a gente competitiva, motivada e é uma posição muito específica. O guarda-redes que está a jogar também precisa de alguma estabilidade, de sentir que não é ao mínimo erro que pode sair da baliza. É uma posição muito complicada, complexa, onde o fator psicológico é verdadeiramente importante», acrescentou.

Beto Pimparel foi guarda-redes do Sporting (A BOLA)

Acho que o Rúben Amorim tem definido, neste momento, e sublinhar neste momento, uma clara ideia de dar continuidade ao Franco, em certas e determinadas competições

Franco Israel tem mais afinidade com o público, também porque já está em Alvalade há mais tempo, mas Beto acredita que Kovacevic pode conquistar o conforto vindo das bancadas: «Cabe -lhe ter minutos e dar boas respostas para criar essa mesma ligação de confiança e emocional com os adeptos, porque acredito muito que quando existir essa ligação o Kovacevic vai soltar-se muito mais e isso vai-se notar na sua prestação e rendimento.»

Após o jogo com o Portimonense, da Taça de Portugal, segue-se um compromisso da Liga dos Campeões, prova na qual o bósnio ainda não se estreou de leão ao peito.

«Acho que o Rúben Amorim tem definido, neste momento, e sublinhar neste momento, uma clara ideia de dar continuidade ao Franco, em certas e determinadas competições, e, portanto, acredito que o Kovacevic jogará a Taça de Portugal e depois voltará o Franco na Liga dos Campeões, mantendo a sua estrutura base da equipa para esse confronto», considerou Beto.

«É importante este jogo para a Taça de Portugal, como são todos para o Sporting e para o plantel e, principalmente, neste momento, para o Kovacevic, porque é importante ele também ter minutos e dar uma boa resposta para sentir-se confiante. É uma luta salutar e tem de haver competitividade na baliza, uma competitividade forte, porque só assim ambos crescem e o terceiro guarda-redes [Diego Callai] também cresce com essa competitividade, o plantel ganha, o treinador tem dores de cabeça, mas são boas, porque sabe que tem mais do que uma opção e mais do que uma solução, portanto, tudo isso é perfeitamente normal e exigível, digamos assim», acrescentou.