Maior criador de golos na Liga mora em Alvalade
Trincão esteve envolvido em oito dos 27 apontados pelos leões na Liga, além de liderar o capítulo de assistências na competição: cinco no total. Quatro jogadores leonino no ‘ranking’ da competição
O início de época do Sporting está a ser um dos melhores do riquíssimo historial leonino e, para lá do superlativo e por demais enaltecido Viktor Gyokeres, muito do seu temível poder de ataque advém do fantástico momento de forma de Francisco Trincão. E se Roberto Martínez, que o deixou de fora nos convocados para o Europeu deste ano, ainda mostra reticências quanto ao seu desempenho e relevância — nas quatro partidas para a Liga das Nações apenas o utilizou cerca de meia hora (chamou-o a jogo diante da Polónia ao minuto 63 rendendo Rafael Leão) —, já Rúben Amorim não prescinde de todo do esquerdino, o maior criativo que tem à disposição no plantel.
É que dos 27 golos marcados pelos leões na Liga, oito tiveram a participação direta na sua construção do jogador nascido em Viana do Castelo há 24 anos (ver quadro à parte), o que o coloca também como o maior criador de golos da Liga 2024/2025 nas primeiras oito jornadas (curiosamente só ficou em branco na vitória por 2-0 diante do FC Porto, à 4.ª jornada, e não esteve envolvido em qualquer dos seis apontados pelos leões nas outras competições, Supertaça e Champions). Lidera ainda o departamento das assistências com cinco, à frente do lateral portista Francisco Moura, que tem quatro.
Aliás, este excelente arranque de temporada de Trincão, que leva ainda três golos apontados, já o levou a pulverizar o registo da sua época de estreia em Alvalade, em 2022/2023: sete golos construídos e três assistências e, a manter este andamento, 2023/2024 (criou 17 golos e fez seis assistências) será facilmente ultrapassada.
Este título até nem é propriamente uma novidade para o campeão europeu sub-19 em 2018 (e melhor marcador da competição, com cinco golos), pois ao serviço do SC Braga, Trincão foi o criador-mor da edição 2019/2020 da Liga — construiu 20 golos em 27 jogos, um terço dos alcançados pelos arsenalistas no campeonato —, o que na altura levou o gigante Barcelona a pagar 31 milhões de euros para o levar até Camp Nou.
Dotado de excelente capacidade técnica (os seus dribles em progressão causam valente mossa às defesas contrárias…), visão de jogo e uma saudável irreverência, Trincão levou Gyokeres a faturar dois dos seis golos conseguidos pelo sueco em lances de bola corrida no campeonato. E Daniel Bragança também muito beneficiou do génio e altruísmo do extremo para fazer dois dos três golos que obteve.
Numa classificação que se obtém dando um ponto a cada participação direta e decisiva na criação de um golo (com a falta para penálti concretizado a valer ponto e meio), entre os maiores criadores da prova encontramos ainda mais três leões: Pedro Gonçalves (em tão-só cinco jogos devido a lesão), Gyokeres (sofreu falta para dois penáltis que converteu) e Daniel Bragança (presente nas oito jornadas mas em três delas saiu do banco).