Luís Freire: «Não conseguimos estancar o jogo ofensivo do Benfica como queríamos»
Luís Freire, treinador do Rio Ave (Miguel Nunes)

Luís Freire: «Não conseguimos estancar o jogo ofensivo do Benfica como queríamos»

NACIONAL27.10.202420:39

Técnico do Rio Ave analisou a derrota por 0-5 frente ao Benfica

Após a derrota por 0-5 em casa do Benfica, Luís Freire, treinador do Rio Ave, analisou uma partida em que os vilacondenses não conseguiram «pôr o seu futebol em prática», deu os parabéns às águias e relembrou que já jogou fora frente a Sporting, FC Porto, SC Braga e Benfica.

Uma análise a esta partida.

- A análise, infelizmente, não é muito difícil de fazer. Queríamos disputar este jogo de maneira diferente, ser mais competitivos durante o jogo. Sabíamos que o Benfica queria dar uma resposta ao que aconteceu durante a semana [derrota por 1-3 das águias frente ao Feyenoord], uma equipa que teve resultados grandes com o Atl. Madrid, o Santa Clara e o Gil Vicente, resultados muito volumosos. Sabíamos que estes jogos, ou entramos bem em campo e conseguimos segurar os ímpetos do adversário ou é muito difícil colocar o nosso jogo em prática.
A verdade é que não conseguimos estancar o jogo ofensivo do Benfica como queríamos, acabamos por sofrer dois golos, sem a energia que é precisa nestes jogos. Na perspetiva da confiança, com bola, devíamos ter mais verticalidade, ver um pouco mais à frente. Fomos sempre uma equipa que jogou na pressão do Benfica. Por vezes perdemos alguns duelos. Nunca conseguimos instaurar a 100% o nosso jogo com bola e, defensivamente, fomos sendo penalizados pela qualidade dos jogadores do Benfica e pela nossa incapacidade, hoje, de travar duelos e a organização do Benfica. O primeiro responsável sou eu, como sempre, quando perdemos, começa por mim. Os jogadores procuraram, depois do intervalo, já com 3-0. É muito difícil, depois também com a lesão do Panzo, tivemos que fazer alguma ao intervalo. Tentámos mexer para dar mais qualidade com o Graça e com o Ole, para sair mais com bola. Também pedimos aos jogadores união e sacrifício, com 3-0 ao intervalo não é fácil lidar aqui na Luz. Tentámos levar o jogo até ao final e, perto do final, também por cansaço e por quebra de concentração, o Benfica faz mais dois golos. Mas há mérito do Benfica. Há que dar os parabéns ao adversário, não pudemos disputar o jogo como queríamos. Não foi um bom dia para nós. Aos adeptos que vieram aqui, que não queriam isso, quero pedir-lhes desculpa, mas não lhes custa mais que a nós. No entanto, há que focar no que interessa, o próximo jogo é o mais importante para nós.
Temos oito jogos do chamado 'nosso campeonato', a quarta deslocação fora, Braga, FC Porto, Sporting e Benfica. Temos só uma derrota fora, tirando nestes quatro jogos. De resto, temos estado bem, passámos na Taça e precisamos de dar uma resposta como demos com o Famalicão quando saímos de Braga, em futebol produzido e atitude. É isso que prometo: trabalhar muito forte para dar uma resposta muito forte em casa, frente ao Casa Pia. Temos que responder a isto. Claramente, o que não fizemos hoje. Dou os parabéns ao Benfica, fez um bom jogo.

Este calendário, com tantos jogos difíceis, causa dificuldades, também com um plantel com muitas mudanças?

- É a realidade e, com este calendário, o mais difícil é fazer dois jogos do nosso campeonato, apanhámos Sporting, FC Porto, Benfica, Braga fora, e integrar toda a gente na equipa. Entrou muita gente, saiu muita gente, há também muita juventude que precisa de pisar nestes palcos para crescer. Só vamos ser mais fortes se todos se ajudarem a crescer, temos essa capacidade de união. Agora, já passámos esta fase e, como disse, temos oito pontos e oito jogos do nosso campeonato. São 24 pontos na primeira volta e a nossa imagem pode mudar rapidamente se soubermos responder às adversidades, como já fizemos no passado e vamos ter de voltar a fazer. Temos de dar outra classificação a este clube, que merece estar mais acima na tabela.