Lembre como foram as outras vezes do Benfica sem ponta de lança
Benfica empatou 2-2 em Guimarães, na 21.ª jornada da Liga (Grafislab)

Lembre como foram as outras vezes do Benfica sem ponta de lança

NACIONAL12.02.202415:50

Schmidt surpreendeu com escolha do onze para Guimarães, onde, no domingo, os campeões nacionais empataram 2-2 na 21.ª jornada da Liga; treinador já utilizou antes a ideia esta época, mas teve sempre de se socorrer do banco

O plano de Roger Schmidt para atacar o jogo da 21.ª jornada do campeonato em casa do V. Guimarães, no domingo, que as águias empataram 2-2, passou por lançar na equipa inicial nenhum ponta de lança, apostando num ataque mais móvel, com Rafa e Di María e tendo Fredrik Aursnes e João Mário no apoio. 

A ideia surpreendeu — e mais ainda porque Arthur Cabral está em boa forma e nada fazia crer que iria ser suplente —, mas não resultou plenamente. 

Foi com este desenho tático que os encarnados marcaram o primeiro golo, por Rafa, com assistência de Di María, mas a exibição foi fraca, a equipa consentiu outro golo ao Vitória e só empatou graças a Arthur Cabral, que entrou ao intervalo e marcou de cabeça, ao minuto 90. No banco de suplentes, refira-se, estiveram mais dois pontas de lança, Marcos Leonardo e Casper Tengstedt — só o primeiro entrou. 

O empate em Guimarães colocou ponto final numa sequência de sete vitórias consecutivas das águias no campeonato, onde não perdiam pontos desde o início de dezembro do ano passado, então num empate (1-1) com o Farense

Em relação à tática sem ponta de lança, foi a quinta vez que Schmidt a usou esta época, embora em duas ocasiões tenha jogado com o extremo Gonçalo Guedes como número 9, o que na prática resultou, também, na ausência de referência mais fixa para o ataque. 

Em aveiro

Com a saída de Gonçalo Ramos para o PSG, no final do verão passado, e ainda sem Arthur Cabral, Roger Schmidt optou por defrontar o FCPorto, na Supertaça de nove de agosto, em Aveiro, sem ponta de lança de início. Rafa foi o homem mais avançado, com Aursnes no apoio. Os encarnados venceram por 2-0, mas sofreram bastante e ao intervalo o treinador alemão fez entrar Musa. Di María marcaria na segunda parte e o ponta de lança croata (que em janeiro se mudou para o FC Dallas) fez o 2-0. 

Em Milão

Em casa do Inter, na 2.ª jornada da fase de grupos da Champions, também um onze mais móvel. Novamente Rafa na frente, Aursnes por detrás dele e Neres pela esquerda. Musa desta vez foi lançado no jogo aos 68 minutos e Arthur Cabral entraria aos 80, mas os italianos venceram por 1-0, com um golo apontado aos 62’. 

Em Arouca

A 31 de outubro, no 2-0 em Arouca, para a Taça da Liga, uma nuance. Com Cabral e Tengstedt no banco, foi Gonçalo Guedes a referência mais ofensiva, mas o extremo claro que revelou muita tendência para cair nas alas. O golo de Di María, logo aos 26’, tranquilizou a equipa, mas novamente Schmidt precisou ir ao banco de suplentes e sacar de um ponta de lança para arrumar a questão: Arthur Cabral entrou aos 56’ e marcaria aos 74’. 

Em Chaves

Em Chaves, na 10.ª jornada da Liga, Guedes entrou outra vez no onze, mas a ideia de um trio mais dinâmico (Di María/Guedes e Rafa) voltou a não funcionar na plenitude e o treinador alemão mudou ao intervalo: saiu Guedes e entrou Arthur Cabral. Mais tarde ainda entraram Musa e Tengsted. O Benfica venceu com dois golos (2-0) apontados na segunda parte, por Di María e João Mário

A mudança de ideia de jogo não tem resultado totalmente, a julgar pela necessidade que Schmidt sempre mostra de emendar a mão. Curioso, ou sintomático, é que sempre que o treinador decidiu mudar a tática foi para jogos realizados fora de casa.