O MISTER DE A BOLA Justiça no marcador
João Prates analisa o triunfo do FC Porto em Braga, na última jornada do campeonato
Jogo mais importante da época, onde apenas a vitória interessava a SC Braga e FC Porto, terminou com um triunfo azul e branco (0-1).
1. Sistemas táticos
SC Braga e FC Porto entraram em jogo com sistemas idênticos. Até aos 12 minutos, foi visível a forma como os dragões, na sua construção, criaram dúvidas aos bracarenses no momento de pressão. Construção a três, com Martim Fernandes por dentro juntamente com o centrais, e Wendell, a dar profundidade, com um dos médios a baixar e os laterais a oferecerem largura.
2. Expulsão mudou jogo
Víctor Gómez, em apenas 4 minutos, viu o cartão vermelho e deixou a sua equipa em desvantagem numérica, aumentando as dificuldades para o jogo.
Obrigado a mexer no plano trazido para o jogo, Rui Duarte sacrifica Pizzi e coloca Vítor Carvalho como central à direita e Ricardo Horta a fechar o lado direito, numa linha de 5.
O SC Braga apresentou um sistema em género de árvore de natal, 1x5x3x1, fechando o espaço interior, obrigando o FC Porto a procurar os corredores laterais, onde os arsenalistas, através da sua linha de cinco, também não permitiram chances de golo aos azuis e brancos, na primeira parte.
3. Segunda parte
Vítor Bruno trocou Martim Fernandes por João Mário, para dar mais profundidade ao lado direito, e o FC Porto entrou com vontade de resolver o jogo, mais rapidez a executar, mais movimentos no espaço e Evanilson teve na cabeça a 1.ª oportunidade, aos 48 minutos.
O FC Porto intensificou o cerco à área do SC Braga e em 2 minutos viu o poste e Matheus, por três vezes, evitarem o golo dos dragões.
SC Braga consegue manter-se no jogo e aos 54 minutos, Wendell salvou o FC Porto, ao cortar um passe de Borja que deixaria Horta em condições de fazer o golo.
O jogo estava vivo e Nico fez brilhar de novo Matheus, mas o SC Braga reage, Niakaté quase marcou.
FC Porto volta a mexer, coloca Eustáquio e Taremi, SC Braga tenta manter-se ligado ao jogo com a entrada de Djaló, Rony e Banza, procurando certamente a sua velocidade para poder criar desequilíbrios.
4. Risco
Quando a manta é curta, existe sempre um lado que fica destapado. No momento em que Rui Duarte, sem nada a perder, procurou destapar o lado defensivo, Taremi fez um excelente passe, deixando Galeno na cara de Matheus, que desta vez não conseguiu ser o herói.
5. Resumo
Um jogo condicionado pela expulsão aos 12 minutos, que modificou o jogo e os planos trazidos para dentro do relvado, especialmente a Rui Duarte. Pelo que fez na segunda parte, FC Porto leva os três pontos com justiça.
6. Destaques
Rui Duarte conseguiu organizar a equipa e mantê-la ligada ao jogo; Matheus pelas intervenções decisivas que teve; Galeno porque desbloqueou o jogo num lance de 1x1 com o guarda redes e não falhou.