Destaques do FC Porto: para segurar o bronze bastou uma ideia de Taremi e o pé de Galeno
Galeno, extremo do FC Porto no jogo com o SC Braga (Grafislab)

SC Braga-FC Porto, 0-1 Destaques do FC Porto: para segurar o bronze bastou uma ideia de Taremi e o pé de Galeno

NACIONAL19.05.202400:15

FC Porto garantiu o terceiro lugar no campeonato depois da entrada do iraniano, que fez um passe perfeito para uma finalização igualmente irreprensível do extremo; João Mário esticou a equipa e Wendell salvou-a com grande corte

Melhor em campo: Galeno (7)

Foi Galeno quem decidiu o jogo. Primeiro determinou-lhe o rumo quando, logo aos 12 minutos, disparou que nem uma seta para entrar na área e provocou a falta do lateral Victor Gómez, que viu o segundo cartão amarelo neste lance e foi expulso. O desafio ficou transformado e Galeno foi mais um a tentar de tudo para chegar ao golo. Viu remates serem-lhe bloqueados e a pontaria também não foi a melhor noutros disparos, mas quando teve uma oportunidade verdadeiramente flagrante para golo... não falhou. Arrancou veloz nas costas de Vítor Carvalho e, à saída de Matheus, executou na perfeição e conseguiu o ouro. Mais uma vez, decidiu o jogo.

(5) DIOGO COSTA — Teve uma noite tranquilíssima e na qual apenas teve de lidar com um susto no remate de cabeça de Niakaté que saiu ao lado do poste (81’) e com um lance genial de Álvaro Djaló, aos 88’, mas a que guarda-redes do FC Porto colocou um ponto final com uma saída oportuna.

(5) MARTIM FERNANDES — Defensivamente soube lidar com a velocidade de Bruma, ofensivamente teve sempre a tentação de virar para dentro, retirando profundidade ao flanco. Mas entendeu-se bem com Francisco Conceição e aos 22’ fez um grande passe que lançou Evanilson na área do SC Braga, mas que o avançado desperdiçou.

(5) ZÉ PEDRO — Competente e muito atento às movimentações de Abel Ruiz. Aos 39’ estava no sitio certo e no segundo exato para, já dentro da área portista e a metro e meio da baliza de Matheus, bloquear uma tentativa de remate de João Moutinho.

(5) OTÁVIO — Sentiu alguma dificuldade para lidar com a mobilidade de Ruiz e também foi um pouco precipitado nas saídas com bola, mas acabou por conseguir resolver os (poucos) problemas com a sua velocidade e simplicidade na decisão. Aos 51’ teve tudo para ser feliz na área do adversário, mas o remate desviou em João Moutinho e bateu com estrondo no poste da baliza de Matheus.

(6) WENDELL — Poderia ter oferecido muito mais ao jogo do ponto de vista ofensivo na exploração do ataque à profundidade no flanco esquerdo, mas quando apareceu no jogo, apareceu bem. Aos 46’ arrancou um belo cruzamento que Evanilson por milímetros não transformou em golo e aos 55’ esticou-se e fez um corte absolutamente fundamental, tirando o pão da boca a Ricardo Horta, que aparecia solto ao segundo poste e já se preparava para fuzila um desamparado Diogo Costa. No mais foi equilibrado e por vezes até discreto.

(5) NICO GONZÁLEZ — Na primeira parte tentou furar e envolveu-se em vários lances e com potencial para grande perigo, mas definiu quase sempre de forma deficiente. Bateu de frente com Zalazar e tentou o remate: aos 72’ chutou para defesa segura de Matheus. Foi perdendo fulgor.

(5) ALAN VARELA — Geriu o que tinha de gerir, sem complicações, nos apoios a toda a equipa, mas igualmente sem rasgo. Não é que não tenha tentado, e rematou muito, mas sempre mal, muito por cima da trave.

(6) FRANCISCO CONCEIÇÃO — Nunca deixou de procurar acelerar a equipa e de tentar o desequilíbrio, mas na primeira parte foi bem marcado por Borja e gozou de pouco espaço. Voltou do balneário com mais ideias e fez um bom remate aos 52’, vários cruzamentos perigosos e passes de rotura em zonas interiores. Aos 75’ quase surpreendeu Matheus com um remate que passou pouco ao lado do poste direito da baliza.

(5) PEPÊ — Alternou entre o sinal mais da qualidade que colocou em alguns passes e na circulação da bola com alguma falta de inspiração no último toque. Aos 41’ tinha Evanilson sozinho ao lado, na área do SC Braga, e passou-lhe muito mal a bola; aos 52’ recebeu bem um passe e ficou em zona de golo, mas rematou forte e à figura.

(5) EVANILSON — Incansável na procura de linhas de passe e também na pressão à saída de bola do SC Braga. Aos 22’ poderia e deveria ter aproveitado melhor um passe de Martim para a área adversária; aos 50’ recebeu bem e rodou, mas Niakaté bloqueou-lhe o remate. Saiu completamente esgotado.

(6) JOÃO MÁRIO — Entrou ao intervalo por Martim para esticar mais a equipa no flanco direito e cumpriu a missão. Aos 52’, com um passe longo e pelo ar, deixou Pepê na cara do golo e aos 72’ foi à linha de fundo e cruzou atrasado para Nico rematar à figura de Matheus.

(5) EUSTÁQUIO — Com ele a equipa ganhou outra intensidade e queimou metros com maior rapidez para o lançamento do ataque. Foi precisamente Eustáquio quem recuperou a bola no lance que resultaria no golo do FCPorto.

(6) TAREMI — Desta vez o goleador iraniano foi decisivo não com golos mas com uma assistência, perfeita, a descobrir o espaço que todos os outros não encontraram durante o jogo inteiro. O passe para Galeno saiu no tempo e com a medida certa para o extremo atirar para a baliza.

(-) GRUJIC — Entrou para ajudar a trancar o meio-campo.

(-) GONÇALO BORGES — Sem tempo para deixar marca.