João Pedro Sousa e a expulsão no Famalicão: «penso que mudou um bocadinho o jogo»
Após a derrota contra o Estrela da Amadora, o treinador dos minhotos admitiu que a expulsão direita de Riccieli dificultou a tarefa e ajudou a alterar o rumo do encontro
Foi com resignação que João Pedro Sousa se apresentou perante a imprensa na conferência que se seguiu ao desaire do Famalicão na Reboleira frente ao Estrela (1-0), num encontro em que se viu reduzido a dez jogadores durante pouco mais de uma hora. Uma situação que assinalou ter incontornavelmente mudado o rumo do encontro, reconhecendo que a expulsão de Riccieli complicou ainda mais a tarefa dos seus comandados.
«Penso que mudou um bocadinho o jogo, que estava a ser equilibrado e penso que continuou a sê-lo, apesar de haver claramente mais posse de bola para o Estrela da Amadora», opinou, recordando até que esta é uma situação à qual os minhotos se encontram habituados em função do invulgar número de expulsões que já somam desde o início da época (seis expulsões em dez partidas).
«Quando passamos a atuar em inferioridade numérica, sabemos o que temos de fazer, até porque de dez jogos esta época, em seis jogámos em inferioridade. Portanto, quando ficamos em inferioridade eu a equipa já sabemos o que temos de fazer, até porque não deve haver grandes diferenças entre o tempo em que jogámos em igualdade ou em inferioridade. Mesmo assim, continuamos a trabalhar durante a semana e a minha ideia vai logo à procura do que trabalhamos», estabeleceu o treinador, que assinala que o trabalho se mantém inalterado.
João Pedro Sousa mostrou-se agradado por constatar que a sua equipa ter conseguido algumas situações de perigo apesar de ter alinhado com menos um jogador, o que a levou a discutir o resultado até ao final, o que também a expôs a alguns riscos.
«Chegou um pouco de fadiga e com isso também perdemos um pouco do controlo do jogo. Tivemos uma ou outra oportunidade de chegar ao golo, mas também nos desprotegemos e ficámos mais sujeitos a situações de contra-ataque ou ataque rápido», reconheceu.
O técnico recordou que além da inusitada frequência com que tem terminado os encontros com um homem a menos, várias incidências têm complicado os processos de trabalho, como chegadas mais tardias de alguns dos reforços ou das recuperações de atletas lesionados.
«A recuperação do Puma Rodriguez aconteceu já no final de agosto, e as chegadas do Óscar, do Chiquinho e de uma série de jogadores. Julgo que é importante treinarmos em cima de competição e quanto mais jogos esta equipa tiver, melhor», preconizou, por fim.